Esportes

Homenagens marcam o Dia do Esportista Amador em Santos

13/06/2022
Raimundo Rosa/Prefeitura de Santos

A celebração do Dia do Esportista Amador em Santos, realizada no domingo (12/6), no Teatro Guarany, foi marcada com muita emoção na homenagem de placa especial e póstuma para Edmilson José Scrassulo Filho e Carlus Francisco Matos Pereira, o Chiquinho.

Edmilson faleceu em 22 de dezembro de 2016, aos 58 anos, enquanto nadava em uma praia do Rio de Janeiro, e Chiquinho, aos 35, vítima de atropelamento na Rodovia Rio-Santos em 27 de março de 2018.

Para uma plateia formada por familiares, amigos e apreciadores de diferentes modalidades, o secretário municipal de Esportes, Gelásio Ayres Fernandes Jr., destacou a importância de relembrar os que enalteceram o nome da Cidade em competições.

“Temos a obrigação de dividir esse sentimento com as famílias e amigos, assim como o respeito e o impacto que a existência desses atletas causou em nossas vidas”, comentou, lembrando a alegria com que Edmilson e Chiquinho se dedicaram ao esporte.

Praticante de futebol, atletismo, triatlo e duatlo, o engenheiro Edmilson atribuía a Gelásio o incentivo para a prática da combinação de natação, ciclismo e corrida. “Ele era um irmão para mim”, afirmou o secretário, lembrando também passagens com Chiquinho, que se dedicou ao atletismo e ao triatlo. “Era um médico e ser humano fantástico”.

O vereador Paulo Miyasiro, triatleta por 15 anos, frisou sua proximidade com os homenageados. “Edmilson era o amigo mais velho, sempre presente e lembrado nas conversas, que deixou muitas saudades, e Chiquinho, com sua pressa de viver, foi uma amizade diferente na minha vida, já que o treinei durante anos, e deixou uma lembrança enorme em quem com ele conviveu”.

“A tristeza com a partida de ambos vai desaparecendo com o tempo, mas a saudade que eles deixaram aumenta a cada dia”, afirmou o vereador Rui de Rosis, que é ex-jogador de futebol e professor de educação física.

Vestindo uma camiseta com a foto de Chiquinho e os dizeres Amor Eterno, a exemplo da família e amigos, Marluce, mãe do esportista, afirmou que sua saudade se transformou em alegria com a homenagem. “Estou muito feliz e agradecida. Ele se foi tão jovem, mas deixou um legado na vida e no coração de muitas pessoas”.

Também muito emocionada, a viúva de Edmilson destacou a importância do reconhecimento e de encontrar tantos amigos na homenagem. “Acalentou o nosso coração”.

Trajetórias
Nascido em Santos, em 26 de setembro de 1958, Edmilson iniciou no esporte jogando futebol no Jabaquara, clube que representou antes de migrar para a equipe da Portuguesa Santista. Na adolescência, descobriu o atletismo, modalidade da qual fez parte da seleção santista de 1976 a 2000, participando de inúmeros Jogos Regionais e Jogos Abertos do Interior e conquistando títulos importantes para a Cidade, como o vice-campeonato na prova de salto com vara em 2000. Ele competia também nas provas de 400m rasos, revezamento 4×100 e 4×400, e decatlo.

Também praticou triatlo e duatlo, modalidades nas quais foi campeão santista invicto no período de 1993 a 2000. Em 1996, participou do Mundial da Itália, na cidade de Ferrara, onde obteve a melhor classificação entre os atletas brasileiros. Formou-se em educação física e tinha o esporte como paixão. Em julho de 2017, no Troféu Brasil de Triathlon, foi realizada a segunda etapa do Campeonato Santista, que recebeu seu nome.

Carlus Francisco (Chiquinho), também santista, nasceu em 13 de março de 1983. Ele começou a carreira jogando futebol escolar e, depois de formado, conheceu a corrida de rua. De forma gradativa e muito rápida, passou a fazer provas de 5km, depois 10km e maratonas de 42km e 75km. Completou três provas de Ironman, a maior prova de triatlo de longa distância do mundo. Obteve muitos títulos em provas de corrida e esteve no pódio do Triathlon Internacional de Santos em 2018, conciliando sempre a carreira de médico com os treinos.