Das Forças e Virtudes de Caráter, as que mais são relacionadas às práticas espirituais ao meu ver, são esses nove caminhos que olharemos nas próximas semanas.
A capacidade de perdoar, a humildade, a prudência e o autocontrole, que nos conduzem à virtude da Temperança. A apreciação da beleza, a gratidão, a esperança, a espiritualidade e o humor, que nos levam à virtude da Transcendência.
Esta semana eu falo sobre as Forças ligadas à Temperança. Esta qualidade tem a ver com a capacidade de se auto regular, agir de maneira moderada e sem excessos. Pessoas que buscam essa virtude, são prudentes em suas escolhas e atitudes.
Tem muita relação com o equilíbrio entre as forças. Nada demais, nada de menos.
Como falamos no começo desta série de textos sobre as Forças e Virtudes, os estudiosos foram buscar em diversas filosofias e religiões as mais citadas e comuns, e a Temperança é uma das Quatro Virtudes Cardeais da Igreja Católica Apostólica Romana.
Muito se tem discutido sobre a Virtude da Temperança e como ela, ou a falta dela, se refere aos prazeres que causam os desequilíbrios da humanidade. Quando não somos capazes de controlar nossos impulsos e desejos, nos desvirtuamos e causamos os males que vemos desestruturar nossa sociedade. O egoísmo, eu achar que o que eu quero e preciso é mais importante que os demais, é a raíz para a maioria das questões que nossa sociedade enfrenta hoje. E isso tem a ver com a dominância dos valores masculinos que estão norteando nossas Vidas, o feminino é mais colaborativo e integrativo.
Quando percebemos que todos temos nossos desejos e deslizes, acaba ficando mais fácil olhar para os outros com olhar mais misericordioso e sermos capazes de perdoar verdadeiramente alguém. Aí que entra a Força da Capacidade de Perdoar. Olhar para si mesmo com humildade, reconhecer seus demônios e limitações, e estender esse olhar para os outros seres.
A Temperança nos ensina a estabelecer um domínio interno, nos centrarmos para que não sejamos tomados por nossas paixões e nem nos tornemos pessoas rígidas e de mente fechada. Ao olharmos com olhar mais integrativo às outras pessoas, vamos expandindo a nossa consciência de possibilidades da Vida e aumentamos o nosso cardápio de experiências e compreensões sobre as situações.
Entender que não há verdades absolutas, que nada é tão restrito em seu significado que apenas um ponto de vista é verdadeiro, vamos aumentando o potencial de mundo, de criação e equilíbrio. E isso nos faz alcançar espaços que podem nos mostrar potenciais nossos muito positivos e como explorá-los para ajudar o planeta em sua regeneração e estruturação social.
Na sua vida, você acredita que é uma pessoa que consegue perdoar as pessoas, ou até a si mesmo? Quando conseguiu perdoar alguém, quais foram os pensamentos que te fizeram chegar a essa concessão? Existe algo que seja imperdoável para você?
E sobre a humildade, acredita que seja uma pessoa humilde? Como se sente quando está lidando com pessoas soberbas? O que você entende como atitudes de uma pessoa humilde?
Você se reconhece como uma pessoa prudente? Como funciona o seu processo de análise e decisão para agir no dia a dia? Como você lida com a imprudência?
Sobre o auto controle, existe algo que você sabe que te tira do sério e mexe com seu equilíbrio? Como o auto controle te ajuda no seu cotidiano?
Se faça essas perguntas com atenção e escute no seu interior as respostas que virão. Tire um momento seu para refletir sobre isso e encontre maneiras de desenvolver no dia a dia o que perceber que ainda não está conseguindo trazer naturalmente para o resgate desse auto equilíbrio.
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