Nos últimos anos de estudo da Psicologia, os estudos têm apostado na prevenção das doenças mentais com o desenvolvimento de emoções positivas e o entendimento das suas forças e virtudes pessoais. E mudar o foco de estudar a saúde pensando na doença, focando no bem estar e na felicidade.
Martin Seligman e Peterson dizem em seus estudos que para que seja possível florescer, precisamos manter condições favoráveis para que se desenvolvam essas forças e virtudes.
São seis virtudes universais que se desdobram em vinte e quatro forças. Elas englobam características emocionais, intelectuais, de relacionamento e cívicos. Estas forças são: sabedoria, coragem, humanidade, justiça, temperamento e transcendência.
A Psicologia Positiva tem o objetivo de apoiar as pessoas à Florescer. Desenvolver e nos reconectar aos nossos aspectos virtuosos. Não é simplesmente pensar positivo, são estudos científicos que comprovam atitudes que tornam a vida plena e feliz.
Uma Vida Plena vai muito além da ausência de sintomas de distúrbios psiquiátricos. Satisfação, viver e dar o melhor de si, encontrar um sentido para a Vida e ser capaz de viver de acordo e manter relacionamentos saudáveis, tudo isso torna a vida mais gratificante e significativa.
Os estudiosos chegaram nessas características observando culturas, filosofias e religiões de vários lugares do mundo, para que pudessem perceber quais eram comumente valorizadas, mesmo em contextos sociais diferentes.
Ao longo das próximas semanas falarei sobre cada uma destas forças e dar dicas de como desenvolvê-las de acordo com as intervenções sugeridas pela Psicologia Positiva.
Começando essa semana pela Virtude da Sabedoria e do Conhecimento, falo sobre a Criatividade. Você se sente criativo? É dito que a criatividade é a inteligência se divertindo, ou pode ser quando abrimos a visão diante das situações da Vida. Todos somos criativos. Alguns só não permitem ainda que ela flua através deles.
Creare é dar vida, dar origem. Tem a mesma raíz da palavra Criança, que significa estado de criação. Ou seja, o estado de criatividade é um estado de criança. A criança é lúdica, autêntica, presente.
Enquanto adultos nos tornamos muito sérios. Nos atolamos em questões e necessidades que tiram nossa capacidade de enxergar a vida com leveza. Em média, um adulto ri menos de um minuto inteiro por dia. Como pode?
Precisamos aprender a relaxar. É um paradoxo, mas para a gente poder realizar, precisamos descansar. Foco e ação são fundamentais para a recuperação do fluxo criativo, assim como descansar. Descanso regenera o nosso lado masculino. O lado que realiza precisa de descanso, então é fundamental se dar esse espaço.
E por mais que a gente tenha a resistência de começar a se permitir ser mais excêntrico e curtir os pequenos prazeres que queremos, sem medo de parecermos egoístas ou bobos, a resistência faz parte mesmo da expansão. Sair de um casulo, um parto, o germinar de uma semente. Então a resistência não é o problema, mas é agir apesar dela. Como o medo, não é não ter medo, é ter a valentia de agir apesar do medo e da resistência.
Para desenvolver um pouco esse estado criativo reflita:
– O que me impede de ser criativo?
– O que estimula a sua criatividade?
– O que você define por criatividade?
– Como costuma usar sua criatividade para ajudar a resolver as questões que aparecem na sua vida e na de sua rede de amigos e familiares?
Para explorar mais conteúdos como esse, e para conhecer serviços que utilizam dessas visões e ferramentas, acesse o instagram @prazer, SoulJu
Este artigo é de responsabilidade do autor e não reflete a linha editorial e ideológica do Jornal da Orla. O jornal não se responsabiliza pelas colunas publicadas neste espaço.
