O DVD lançado pelo cantor, compositor italiano de grande prestígio mundial, Andrea Bocelli, no ano de 2006, para o selo Universal/Sugar Records, é um dos meus preferidos e o considero como um dos principais da sua carreira.
Por vários motivos: primeiro pela produção simplesmente impecável assinada pela dupla premiadíssima David Foster e Humberto Gatica, segundo pela incrível seleção dos temas escolhidos e também pelos convidados especiais e principal-mente pela impecável edição de imagens.
Emociona do princípio ao fim e mostra todo talento desse artista único e surpreendente, que impressiona pela sua intensa “performance” e pela sua voz marcante, que é um poderoso instrumento.
Gravado ao vivo no Lake Las Vegas Resort, localizado no Estado de Nevada, nos arredores da cidade de Las Vegas, o DVD contém basicamente as canções do CD “Amore”, onde o ritmo latino e romântico estão fortemente presentes.
Andrea Bocelli foi criado em uma comunidade rural entre as inspiradoras vinhas e as oliveiras na Itália, na região de Pisa e começou sua ligação com a música com apenas 6 anos de idade, primeiro com o piano e depois a flauta e o saxofone. Mas seu verdadeiro instrumento é a sua belíssima voz, definida alguns anos mais tarde.
Em sua carreira de sucesso, ele já tem a expressiva marca de mais de setenta milhões de álbuns vendidos pelo planeta, tornando-se um dos cantores mais populares e cultuados da atualidade, passeando com muito talento pelo repertório clássico e popular.
O repertório, é impecável e traz as principais músicas românticas que marcaram sua carreira de sucesso absoluto e que o tornaram um artista inquestionável.
Para você ter uma pequena amostra, só a abertura já vale por todo o resto. O clip inicial com o tema “Amapola”, um dos meus favoritos, mostra lindíssimas imagens aéreas do resort onde o show foi gravado e que depois se mesclam naturalmente com o início do show propriamente dito. Perfeito e emocionante.
E tenho que confessar que todas as vezes, que assisto esta abertura, me emociono. E não se preocupe em deixar as lágrimas fluírem. É emoção pura. É preciso apenas sentir.
Outros temas merecem destaque como “Besame Mucho”, “Somos Novios”, “Pero Te Extraño”, “Estate”, “September Morn”, “Can’t Help Falling In Love”, “Solamente Uma Vez”, “Autumn Leaves”, “Porque Tu Me Acostumbraste” e “Because We Believe”.
Maravilhoso registro musical para os amantes da boa música e um DVD que pode e deve fazer parte da sua coleção.
Stanley Jordan – “Magic Touch”
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Ele pode ser considerado um músico excêntrico e diferente. Mais é impossível negar seu incrível talento e sua forma de tocar guitarra, chama muito à atenção. Seu estilo é conhecido como “tapping”, muito diferente dos padrões convencionais.
Curioso saber que no início da sua carreira, apesar de já ser formado em teoria musical e composição pela Universidade de Princeton, ele preferiu tocar nas ruas de Nova York, em troca de alguns trocados.
Foi descoberto na rua pelo executivo Bruce Lundvall, que fez dois convites para ele gravar.
O primeiro ele recusou, só vindo a aceitar no segundo convite e pôde então lançar em 1985, pelo selo Blue Note, seu primeiro trabalho, que logo se tornou sucesso de público e da crítica.
Todos queriam saber quem era aquele músico que tinha uma sonoridade e técnica diferenciadas.
No repertório do disco “Eleanor Rigby”, “Freddie Freeloader” e “Round Midnight” e a gravação “The Lady In My Life” para mim é definitiva e uma das mais belas canções que já pude ouvir. É simplesmente sensacional.
Tive a honra e o privilégio de trazê-lo para Santos em duas oportunidades e numa destas vindas pude compartilhar uma das cenas mais emocionantes que já vivi.
No dia seguinte da sua apresentação no Teatro Coliseu, o levamos a Santa Casa de Santos e ali ele fez uma apresentação para as crianças com câncer.
Foi um gesto lindo, divino e sublime de um ser humano iluminado. Chegou até a tocar “Atirei um Pau no Gato”, para agradar aquelas crianças tão especiais.
Poucos sabem desta história e apenas temos registros fotográficos daquele momento, uma vez que nenhuma televisão local teve interesse em cobrir tal visita.
Diana Krall – “Stteping Out”
A pianista e cantora canadense é uma das mais talentosas artistas da nova geração de músicos de Jazz. Hoje já detém o título de grande estrela do meio musical por seu talento e estilo, inconfundíveis.
Começou a tocar piano com apenas 4 anos de idade e aos 15 já se apresentava regularmente em várias casas de Vancouver, no Canadá.
Passou 3 anos estudando música na renomada Berkelee College Of Music e atendendo a uma recomendação do genial contrabaixista Ray Brown, mudou-se para os Estados Unidos e começou a ter aulas com o pianista Jimmy Rowles, que a incentivou também a cantar. Uma decisão importante que deu uma nova força em sua carreira.
Em 1993 lançou seu primeiro trabalho solo pelo selo Justin Time ao lado dos experientes e conhecidos músicos, John Clayton no contrabaixo e Jeff Hamilton na bateria.
Um começo em grande estilo e que lhe abriu muitas portas no meio musical.
O repertório traz como destaques “This Can’t Be Love”, “Straighten Up And Fly Right”, “Body And Soul”, “Do Nothin’Till You Hear From Me” e as minhas preferidas, “Frim Fram Sauce” e “As Long As I Live”.
Atualmente com mais de uma dezena de discos lançados no mercado e todos com grande repercussão junto à crítica especializada e ao público, ela também tem demonstrado talento e inspiração em composições próprias.
Tive a honra e o privilégio de assistir ao vivo, à sua primeira apresentação no Brasil, no Bourbon Street Music Club em São Paulo alguns anos atrás e posso dizer que foi um dos shows mais marcantes a que já assisti. Domínio total de seu instrumento e da sua voz, apesar de sua timidez, por incrível que pareça.
Diana Krall deu o primeiro passo da sua vitoriosa carreira com muita qualidade e competência e o resultado é este belo CD.
