Comportamento
Em papo reto, sexóloga fala de fio-terra, ejaculação feminina e Ponto G masculino
06/10/2015
Fio-terra, perda da virgindade, ejaculação feminina, Ponto G masculino… temas “cabeludos” para muitos adultos foram levantados pelos jovens no bate-papo com Laura Muller e abordados com extrema clareza pela sexóloga.
Virgindade
Laura Muller acredita que o momento certo para a iniciação sexual deve ser estabelecido pelo próprio jovem. Ela cita um levantamento do Ministério da Saúde, que revela que a perda da virgindade do brasileiro acontece entre 15 e 17 anos. “Mas isso não é uma regra. O fundamental é que a pessoa se sinta preparada. É preciso buscar informações para ter consciência sobre o que se quer, de maneira prazerosa e responsável”
Visita ao médico
A sexóloga ressaltou a necessidade de se realizar exames preventivos. “As meninas precisam ir a um ginecologista, que vai passar uma pílula anticoncepcional com baixa dosagem hormonal e recomendar o uso do preservativo, para evitar a gravidez precoce. Os meninos devem passar pelo urologista, para ver com está a carga hormonal e dar uma olhada na área de lazer”.
Orgasmo feminino
Uma das presentes quis saber sobre o “squirting”, que seria uma espécie de ejaculação feminina. “Essa cena de a mulher na hora do orgasmo soltando um jatinho é muito comum em filmes. Na vida real é bem diferente, acontece raramente. E, logicamente, nos filmes pornôs, tudo é exagerado, cheio de acrobacias…
Ponto G
Um rapaz quis saber se existem outras áreas de prazer na mulher, além do clitóris. Sem rodeios, a sexóloga falou sobre o Ponto G, uma área no interior da vagina cuja existência divide até mesmo os especialistas. “Quem quiser, pode procurar, pois vai ser prazeroso ficar procurando. O casal é que vai ter que descobrir, juntos, quais são os pontos de prazer”, acrescentou.
Fio-terra
Assunto tabu entre os homens, a estimulação do ânus foi abordada com todas as letras por Laura Muller. Uma estudante quis saber se o ânus era o Ponto G masculino. “O ânus é cheio de terminações nervosas e muitas pessoas podem sentir prazer quando elas são estimuladas. Pode fazer fio-terra à vontade que não tem problema”. E destacou: “Não é porque o homem gosta de fio-terra que ele é gay”, disse. Segundo ela, o que define a orientação sexual da pessoa não é a parte do corpo onde ela sente prazer, mas o sexo da pessoa por quem ela sente desejo. “A gente não controla por quem sente desejo. O que a gente comanda é o que vamos fazer com este desejo. E não tem a ver com a parte do corpo onde gosta de ser tocada”.
Hímen
Uma das alunas perguntou à especialista sobre as “Sete peles”, que segundo a vó dela formariam o hímen. “Nossa Senhora, nunca ouvi falar disso”, disse, rindo. “Vou anotar esta para as próximas palestras”, brincou. Em seguida, falando sério, deu explicações sobre o hímen e o que ocorre quando a mulher perde a virgindade.