Renato Figueiredo
Que o Brasil é um dos países que mais consome games no mundo, não é novidade. Uma pesquisa do início do ano feita pela Kantar IBOPE Media nos colocou como o 15º país que mais joga videogames no mundo. Mas além de consumidores, nós somos cada vez mais desenvolvedores de jogos.
E no mundo de AAAs com orçamentos milionários dedicados apenas ao marketing, conseguir destaque para o seu projeto independente pode ser uma batalha. Por isso hoje vamos listar jogos brasileiros já lançados que você precisa dar uma chance!
1 – Dodgeball Academia
Provavelmente um dos meus jogos preferidos de 2021, Dodgeball Academia é um RPG focado nos alunos de uma escola dedicada exclusivamente à queimada! A jogabilidade reproduz bem a sensação de urgência de uma partida, com as mecânicas tradicionais de RPG envolvidas, como poderes, itens e barras de vida.
Mas Dodgeball não é apenas divertido de jogar, mas de se assistir. O visual tem todo um feeling de desenho animado daqueles que assistíamos aos sábados de manhã, e é amarrado por um roteiro que com certeza vai te fazer dar umas risadas quando você menos espera.
2 – Unsighted
Se dificuldade é a sua praia, Unsighted é o que você procura! Com uma visão de cima e um combate focado em precisão de controles, o jogo te incentiva a encarar cada combate com calma, sem esmagar botões para atacar e esquivar, caso contrário você acaba sem fôlego e totalmente vulnerável.
O enredo acompanha uma sociedade de robôs, que precisa de uma substância rara para se manterem sencientes, e essa também é uma das mecânicas mais interessantes de Unsighted. Todos os personagens, incluindo você, tem um timer que representa quantas horas faltam para eles perderem o controle, e cabe a você decidir como usar o pouco da substância que coleta durante o jogo, já que qualquer NPC, mesmo os que te vendem itens, podem ser perdidos permanentemente.
3 – Kaze and the Wild Masks
Kaze and the Wild Masks é uma homenagem à Donkey Kong, mas com seu estilo e personalidade próprios. E isso já deveria ser o bastante pra te convencer, mas caso não seja, eu continuo. Kaze é o bom e velho jogo de plataforma, onde a personagem titular tem a habilidade de saltar, planar e bater no chão, de forma semelhante aos personagens de DK. E além disso várias fases dão a Kaze máscaras para serem usadas, cada uma com habilidades específicas, como vôo, se pendurar em paredes, ou corrida automática, o que traz ainda mais variedade à jogabilidade.
E eu não poderia deixar de falar da trilha sonora, que acompanha perfeitamente o ritmo de cada fase, te puxando pra dentro “do mundinho” de Kaze!
4 – Pixel Ripped 1989/1995
Agora temos um combo 2 em 1 para os donos de óculos de Realidade Virtual! Pixel Ripped é um retorno a infância com um jogo dentro de outro jogo. Eu explico: na “primeira camada” você controla David, um garoto que está jogando seu console/portátil/arcade preferido (varia de acordo com o período dos jogos) e tem que lidar distrações incômodas, como adultos, amigos da escola ou professores que insistem que você deveria prestar atenção na aula.
Já a “segunda camada” são os jogos propriamente ditos, onde você controla a protagonista Dot, que luta para salvar seu mundo em uma série de jogos diferentes, que prestam homenagens à diversos títulos famosos dos anos representados pelos dois games.
5 – Horizon Chase Turbo
E vamos encerrar a lista com um jogo de corrida. Basta bater o olho em qualquer imagem de Horizon Chase Turbo para perceber as influências de Top Gear, clássico do SNES. A trilha sonora conta até com músicas de Barry Leitch, compositor que trabalhou em Top Gear.
O jogo conta com uma série de modos diferentes, além de inúmeras pistas e carros para serem desbloqueados, incluindo até mesmo nosso brasileiríssimo Uno com Escada, chamado aqui de Carro da Firma. E em outubro do ano passado, Horizon Chase Turbo ganhou mais uma atualização chamada Senna Sempre, que adiciona pistas extras, carros de F1 e um modo carreira que acompanha os principais momentos da vida de Ayrton Senna.
Renato Figueiredo é jornalista, organizador de eventos de cultura pop e fundador do programa Pixel Café
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