Meio Ambiente

Três pinguins e um atobá são os novos moradores do Aquário de Santos

02/06/2022
Divulgação/Prefeitura de Santos

O Aquário Municipal de Santos ganhou quatro novos moradores na madrugada do domingo (29/5): três pinguins-de-magalhães adultos e um atobá juvenil, todos com sexo indeterminado até o momento. Os animais, que vieram do Estado do Rio de Janeiro, não tinham condições de voltar à natureza e, por isso, foram encaminhados para ficarem sob cuidados humanos. O público deve conhecê-los já na próxima semana.

As aves marinhas foram encontradas no início do ano passado pelo Programa de Monitoramento de Praias de Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, onde passaram por exames e recuperação. Assim que constatada a impossibilidade de retorno à natureza por razões biológicas, os técnicos responsáveis optaram por encaminhá-los a uma entidade que trabalhasse nos cuidados destes animais.

O primeiro contato com o Aquário de Santos foi em novembro de 2021 e, após todos os trâmites necessários, as aves foram transportadas até Santos. “A gente recebe esses animais com muita alegria porque o Aquário de Santos já é referência em pinguins, tendo sido cenário do primeiro nascimento de pinguim em cativeiro no Brasil, e ainda não tínhamos um atobá em nosso plantel, o que vai nos proporcionar novos aprendizados e adaptações”, disse o coordenador da instituição, Alex Ribeiro.

Segundo o biólogo, os animais poderiam ter sido sacrificados caso nenhuma instituição pudesse acolhê-los, visto que não poderiam mais viver livres na natureza, longe dos cuidados humanos. “O objetivo do Programa é tratar e soltar, mas existem animais que não podem ser soltos e, em alguns casos, eles podem ser sacrificados, que é um protocolo mundial de segurança”, explica.

Os novos moradores foram encontrados encalhados em uma praia em Angra dos Reis. Foi constatado que o atobá havia sofrido uma fratura na cauda e, por isso, não conseguiria mais levantar voo. “As aves, quando voam, uma das primeiras coisas que elas fazem é abrir a cauda em leque para dar estabilidade no voo. Os técnicos tentaram soltar, estimulá-la a voar e perceberam que ela não conseguia fazer isso. Então o animal perdeu a principal função dele, que é voar, para buscar alimento e fugir”, conta o biólogo.

Já os pinguins-de-magalhães não apresentaram enfermidades, mas não conseguiram retornar ao lugar de origem. Os técnicos do Programa de Monitoramento de Praias tentaram soltá-los duas vezes, mas os animais sempre retornavam à praia onde encalharam. “Talvez pela distância, porque a Patagônia é muito longe”, supõe o coordenador do Aquário Municipal. Como o habitat da costa brasileira não é adequado para os pinguins, também foi necessário acomodá-los no parque.

AQUÁRIO
O Aquário (Praça Vereador Luiz La Scala s/nº, Ponta da Praia) funciona de terça a domingo, das 12h às 18h (bilheteria fecha às 17h30). O ingresso custa R$ 8 (inteira) e R$ 4 (meia). Menores de 8 e maiores de 65 anos têm entrada gratuita; desconto de 50% para estudantes e professores, com apresentação de documento. Também pagam meia-entrada crianças entre 8 e 12 anos.