Sala de Ideias

Tamboréu, um esporte genuinamente santista

06/12/2021
Tamboréu, um esporte genuinamente santista | Jornal da Orla

Mauricio Campos

Este esporte não tem idade, tem, sim, no amadorismo de sua prática um amor indiscutível, uma amizade crescente

Santos, reconhecidamente, é uma cidade ligada ao esporte. Abriga a sede do Santos Futebol Clube, lembrado em todo o planeta como o melhor time de futebol de todos os tempos, também é considerada a pioneira na prática do surf no país, entre tantos outros feitos. Abriga e acolhe em sua história o apaixonante esporte tamboréu, uma criação de um esporte predominantemente amador, mas não por isso menos adorado e venerado por seus inúmeros praticantes.

Assim como todos os outros esportes citados, que se notabilizaram em ares santistas e têm adeptos ao longo do mundo, o tamboréu já há muito tempo ultrapassou as fronteiras da cidade de Santos e proporciona diversas emoções em outras cidades, estados e até países — é isso mesmo, países! A prática deste esporte, originário das praias santistas no ano de 1937, pode ser tudo o que ser humano procura para melhor qualidade de vida no seu cotidiano.

Ao retornarmos no tempo ficamos com a certeza de que quando os irmãos italianos Joseph e Luigi Danadelli chegaram a Santos no século passado, munidos de dois instrumentos redondos, com cerca de 35 centímetros de diâmetro, tampa de couro e uma bola de borracha maciça, em  que os dois ficavam batendo na mesma com esses instrumentos, arremessando-a, um para o outro, distantes cerca de 100 metros. Não imaginavam que aquela atividade se tornaria hoje um esporte com regras, clubes, torneios, ligas e, principalmente, inúmeros aficionados pela prática do mesmo.

Aquela atividade despretensiosa dos irmãos italianos chamada inicialmente de “Tamburello”, obviamente de origem italiana, que retrata tambor, foi ao longo dos anos conquistando adeptos, que gradualmente foram aprimorando-a e introduzindo o jeito santista de se fazer o esporte.

Hoje, o esporte tamboréu no formato existente é, na verdade, a comprovação de que a ideia adotada pelo povo santista no passado foi vitoriosa, que a aceitação do esporte é inconteste e que cada vez mais é consagrado nacionalmente. Este esporte não tem idade, tem, sim, no amadorismo de sua prática um amor indiscutível, uma amizade crescente e uma salutar atividade vista nos atletas, sejam eles crianças, adolescentes, experientes e até mesmo na “melhor idade”.

Pratique tamboréu! Um jeito simples de melhorar a sua qualidade de vida.

Mauricio Campos_tamboreu

Mauricio Campos é diretor técnico da Associação Nacional de Tamboréu

Este artigo é de responsabilidade do autor e não reflete a linha editorial e ideológica do Jornal da Orla. O jornal não se responsabiliza pelas colunas publicadas neste espaço.