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Sobre essa tal felicidade

03/02/2025Ivani Cardoso
Reprodução

Quando envelhecemos, a noção de felicidade muda e as prioridades também. O que não deve mudar em qualquer idade é valorizar a presença de amigos. Na velhice, muitas vezes eles são mais presentes do que os familiares, principalmente filhos e netos que têm muito o que fazer.

Um longo estudo científico que vem sendo realizado há mais de oito décadas pela Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, mostra que bons relacionamentos fazem toda a diferença para manter a saúde física, mental e emocional de quem envelhece, além de ajudar a administrar situações de tristeza e estresse; nesse sentido, relacionamentos são mais importantes do que riqueza, estudo ou posição social.

O WhatsApp parece um grande achado, mas muitos ficam só nas mensagens e se esquecem de como é gostoso ouvir a voz do outro, receber os parabéns presencialmente ou com uma ligação, pelo menos.
Outros reclamam que são sempre eles que procuram os amigos, mas e daí? Se incomoda tanto, abra o coração e diga o que sente, melhor do que se afastar e ficar com o copo até aqui de mágoas.

Se tem vontade de chamar as pessoas, mas o dinheiro está curto, não desista. Combine de cada um levar o que vai beber e alguns beliscos simples. O importante é conversar, rir, trocar ideias, ouvir boa música. Se misturar amigos, melhor ainda.

E se você é daqueles velhos ou velhas mais solitários, que preferem um filme e um livro, abra-se para novas oportunidades. Surpresas inesperadas são deliciosas. Que tal ir ao cinema, tomar um cafezinho, ir à livraria, tomar um vinho no final da tarde ou dar uma bela caminhada na praia, disposto a conversar também? O sofá, chinelos e a TV não são as melhores companhias para quem ainda acredita nessa tal felicidade e quer uma velhice saudável.