Juliana Schonhaus
Carnes processadas, ou “embutidos”, abrangem a classe de alimentos como presunto, apresuntado, mortadela, salame, peito de peru, linguiças e salsichas. Além de serem calóricos, esse grupo de alimentos possui grande quantidade de gorduras e sódio. Eles possuem conservantes chamados de Nitrito e Nitrato de Sódio que aumentam o tempo de prateleira desses alimentos e auxiliam a manter a coloração e realçar o sabor.
O que poucos contam sobre o consumo constante dessa classe de alimentos é que eles possuem potencial cancerígeno, principalmente associado ao desenvolvimento de cânceres de intestino (cólon e reto), devido ao excesso de Nitritos e Nitratos de Sódio neles presentes. A Agência Internacional de Pesquisa em Câncer classifica esses alimentos em nível 1 de carcinogênicos, juntamente com tabaco e bebidas alcóolicas, sendo que porções de 50 gramas de carnes processadas consumidas diariamente podem aumentar em até 18% o risco de câncer colorretal.
Isso não quer dizer que é “proibido” comer carne processada, mas a cautela é fundamental. Ou seja, cuidado com a frequência e com a quantidade de consumo desses alimentos. Uma dica para saber se o produto conta ou não com os conservantes nitritos e nitratos é se atentar à lista de ingredientes e verificar a presença do código INS 250 e INS 251, que são as siglas utilizadas pela indústria.
Mas melhor ainda é optar por opções menos processadas na sua rotina! Então, que tal trocar aquele recheio de presunto e queijo no pãozinho do café da manhã, por ovos mexidos? Ou a mortadela por frango desfiado? E ainda, aquele lanche natural com peito de peru por um patê de atum caseiro?
Mudanças sutis no seu dia a dia podem ter um impacto importantíssimo para sua saúde!
Juliana Schonhaus – CRN 3: 4223-9. Nutricionista e Mestre em Ciências pela Universidade Federal de São Paulo
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