
“O senso de humor humaniza, é um certificado de sanidade.
Quem não tem sentido de humor é uma pessoa chata”.
Papa Francisco
Se até o Papa Francisco recomendou em uma de suas entrevistas, bom humor é divino. O título desta coluna está ligado à minha infância, era o nome de uma seção de piadas da revista Seleções da Reader’s Digest que meu pai comprava mensalmente e se divertia. Eu nunca achei muita graça em piadas, nem me atrevo a contá-las e meus amigos mais íntimos às vezes até tentam, mas sem sucesso. Devo ter puxado minha mãe, que também assistia aos filmes do lado do meu pai com expressão impassível como Buster Keaton, um cineasta e cômico famoso que não sorria. Passo longe de comédias bobas, mas sou uma pessoa bem-humorada, pelo menos com a vida.
Se o humor é contagiante, ele faz bem e nos ajuda a manter uma atitude mais otimista inclusive para suavizar as limitações do envelhecimento. Entrevistei o psicólogo Wallace Hetmanek dos Santos, do Rio de Janeiro, especialista em Gerontologia titulado pela Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, que confirmou: “O Papa Francisco também trouxe um senso de proximidade e naturalidade nas suas falas sobre envelhecimento, e assim como comentou sobre o tema do bom humor, ele estava certo. Poder considerar o envelhecimento como um processo, contínuo e íntimo, e nesse sentido não externo a nós ou referente ao outro é fundamental. E poder olhar com um senso positivo, que é o bom humor, pode transformar completamente o ânimo, as perspectivas, o sentido nas tarefas do cotidiano e a experiência como um todo”.
Wallace define a saúde como um conjunto de componentes, que se influenciam mutuamente: “Por exemplo, quando estamos com baixa imunidade ficamos mais suscetíveis a reviver experiências emocionais desagradáveis, como tristeza, medo e raiva. Uma perspectiva positiva e bem-humorada sobre a velhice pode significar até 7 anos a mais de expectativa de vida; essa é a ligação entre saúde mental e física no que diz respeito ao envelhecimento. Pode-se dizer também que o preconceito com o envelhecimento pode reduzir a expectativa de vida”.
Outro ponto que o especialista destaca é o profundo impacto que o ambiente externo ou o social tem no nosso humor, nos conceitos sobre o que é normal e nas crenças sobre o que é possível ou não realizar ou viver: “Tenho observado uma grande aceleração no dia a dia das pessoas executando tarefas, tocando a rotina sem pensar sobre os impactos, consequências ou responsabilidade de suas ações. Assim, fica quase impossível experimentar um senso mais amplo de bem-estar”.
O melhor é que é possível adotar um treino diário para o bom humor, como ele ensina: “Na prática, é atribuir atitudes mais positivas ao cotidiano, como sorrir de erros e equívocos que cometemos, sermos cordiais e engraçados em relações básicas e termos atenção ao nosso equilíbrio interno entre obrigações e prazer, procurando um estar mais relaxado e não apenas tenso em resolver problemas ou desafios. O conhecimento popular nos dá dicas sobre isso também, com frase como “aproveite a jornada e não apenas a chegada” ou “gente feliz briga menos”.
Dica de comédias
Entrando Numa Fria Maior Ainda (Prime)
Continuação do filme Entrando Numa Fria. Após passar por várias confusões, Greg Focker (Ben Stiller) e Jack Byrnes (Robert De Niro) estão se dando bem. Greg e Pam (Teri Polo) estão animados com os preparativos do casamento, mas há ainda uma pendência a ser resolvida: os futuros sogros precisam passar um
fim de semana juntos. Para resolver o problema Greg, Pam, Jack e Dina (Blythe Danner) viajam no moderno trailer de Jack rumo à ilha Focker, em Cocoanut Grove. Ao chegar conhecem Bernie (Dustin Hoffman) e Roz (Barbra Streisand), pais de Greg, que vivem de forma mais liberal, provocando vários conflitos.
Alguém Tem Que Ceder (Prime)
Adorei esse filme com Jack Nicholson e Diane Keaton, uma comédia romântica cheia de humor. Nicholson é um homem mais velho e mulherengo que se apaixona pela mãe de sua namorada mais nova, interpretada por
Keaton. A dinâmica peculiar do relacionamento deles leva a alguns mal-entendidos hilários e momentos emocionantes. A química entre Nicholson e Keaton funciona bem, mesmo quando aparece Keanu Reeves apaixonado por ela, com todas as qualidades para seduzi-la.
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