O primeiro livro de Ricardo Avari, intitulado “Porto Maldito” – que será lançado em tarde de autógrafos nesta sexta-feira (19), das 18 às 20 horas, na Realejo Livros (Avenida Marechal Deodoro, n.º 2 – Gonzaga) – é um romance histórico retratando a cidade de Santos em boa parte do século 19 e início do século 20, com as epidemias, suas febres e mortes, que chegavam transportadas pelos navios e eram agravadas com a falta de saneamento básico local. O autor é um cientista, biólogo, técnico da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) na Capital, apaixonado pelos feitos em benefício da saúde pública no Brasil, por Oswaldo Cruz e Saturnino de Brito.
Ricardo Avari se revela nos detalhes da sua narrativa factual, mesclando com a ficção, num período histórico de personagens reais e inventados por ele, a partir de uma pesquisa muito precisa. A apresentação de “Porto Maldito” ficou a cargo do jornalista e escritor Raul Christiano, que é seu colega de trabalho na Sabesp e o incentivou a divulgar mais amplamente a sua obra.
Para chegar a esse resultado, Ricardo Avari diz que criou a história para ser um modo didático de falar das grandes personalidades da saúde pública e do saneamento, usando elementos das histórias de terror como ferramenta: “Mas conforme eu avançava – ressalta o escritor -, a história de Santos e seu pioneirismo em tantas coisas, o peso da religiosidade de matriz africana e dos imigrantes tomaram um vulto enorme, e ganharam destaque no desenvolvimento da ação”.
Segundo Avari, os dados históricos também foram obtidos em cartas deixadas por Maria Estrela (a primeira médica do Brasil), Saturnino de Brito e todos os demais personagens reais, para poder usar o seu jeito de falar nos diálogos, e muito da história dos ingleses na cidade. A história de “Porto Maldito” começa com o mais ilustre dos personagens, segundo o autor, o “explorador Sir Richard Francis Burton, que foi cônsul da Inglaterra em Santos, entre 1865 e 1869”. “Porto Maldito” tem 258 páginas e custa R$ 39,00 o exemplar.
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