Saúde e Beleza

Primeiro ano de medicina: O que esperar?

06/02/2023
Pixabay

Durante a infância, quando os adultos perguntam o que as crianças querem ser quando crescer, muitas respondem algo criativo como astronauta e bombeiro. Na medicina não é diferente, muitas crianças sonham em se tornar grandes médicos pelo verdadeiro  e mais genuíno significado: “cuidar das pessoas”. Por mais que seja uma profissão real, quando se dão conta do processo para entrar em uma faculdade de medicina, do compromisso durante o curso, e da responsabilidade de lidar com outras vidas, muitos desistem de seu “sonho”, e os poucos que seguem com o sonho de ser médico percebem que será necessária muita dedicação.

Para falar melhor sobre essa fase da vida, convido a aluna de medicina Raissa Lena Alves Mendes, de 19 anos, que terminou o primeiro ano e iniciará o segundo ano médico na faculdade em Santos neste mês de fevereiro. A aluna relata que: “Depois de muito tempo de espera, muito estresse e cansaço, passar no vestibular foi como nascer de novo, pois aquele momento marca um fim de um ciclo de incertezas e o começo de uma vida nova e intensa, totalmente diferente da antiga, a sensação foi de alívio e alegria, mas ao mesmo tempo medo do que estaria por vir. Quando finalmente entrei na faculdade, e assisti as primeiras aulas do primeiro semestre, me senti perdida, afinal era uma outra realidade com novas matérias para estudar, e devido a quantidade de conteúdo se fez necessária uma mudança no método de estudo, para assim, obter melhores resultados. No segundo semestre, foi tudo diferente, pude observar a minha evolução acadêmica através de muito esforço e dedicação o meu sonho se tornando, de fato, a minha realidade.”

Em geral, no primeiro ano de medicina temos apenas o ciclo básico, com disciplinas de  anatomia, fisiologia, embriologia, genética, histologia e bioquímica. A estudante de medicina esclarece que: “Em anatomia, para um melhor entendimento do corpo humano, sempre após uma aula teórica temos aulas práticas onde há uma noção melhor da localização dos órgãos em cadáveres. Além das matérias do ciclo básico, existe uma disciplina de procedimentos, onde temos o privilégio de realizar simulações em bonecos de silicone para praticar e se familiarizar com os materiais como o estetoscópio (para auscultar o coração e o pulmão), esfigmomanômetro (para medir pressão), seringas e sondas. A estudante alega que “Estar em contato direto com o cadáver e com os procedimentos, me deixou mais motivada para estudar e fez com que o compromisso e responsabilidade do curso se transformasse em algo prazeroso.”

Para finalizar a entrevista a acadêmica faz a seguinte declaração : “Eu concluí o meu primeiro ano da faculdade em dois semestres de muitos ensinamentos que vão ficar para sempre na minha memória. Faltam cinco anos para acabar a faculdade e iniciar uma nova fase de estudos a caminho da residência. A medicina está avançando todos os dias e esse é só o começo de um longo caminho de devoção à vida humana.”

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