Arnaldo Luiz Corrêa
O plano diabólico para assassinar o Presidente da República, o Vice-Presidente e um ministro do Supremo Tribunal Federal, arquitetado por setores da extrema direita, é um ataque direto e sem precedentes à democracia brasileira. É inadmissível que membros das Forças Armadas, cuja função é proteger o país e garantir sua soberania, possam estar envolvidos em uma conspiração que, se concretizada, colocaria o Brasil em um cenário de caos comparável aos regimes mais miseráveis e antidemocráticos do mundo.
Duque de Caxias, patrono do Exército Brasileiro, certamente se revira no túmulo ao assistir à degradação de parte da instituição que deveria ser o pilar de estabilidade da nação. É urgente que o Exército assuma sua responsabilidade histórica e constitucional, expurgando esses maus elementos e reafirmando seu compromisso com a democracia. O legado de honra das Forças Armadas não pode ser arrastado para a lama por aqueles que, ao invés de servir ao país, conspiram contra ele.
Como já advertiu o General Ernesto Geisel em tempos sombrios: “A corrupção moral dentro das instituições é uma ameaça tão grave quanto qualquer inimigo externo.” Esses maus militares e seus cúmplices devem ser exemplarmente punidos com o rigor da lei, sem condescendência ou hesitação. Este não é apenas um dever legal, mas um imperativo moral e patriótico.
Se esse plano tivesse sido executado, o Brasil estaria mergulhado em uma tragédia política e social sem precedentes, destruindo décadas de luta pela construção de uma democracia sólida, tornando-se um pária no cenário internacional. É inaceitável que movimentos extremistas tentem arrastar o país para o abismo da intolerância e do autoritarismo.
A sociedade brasileira exige transparência, justiça e uma reforma estrutural que garanta que tais conspirações jamais encontrem solo fértil novamente. O Exército Brasileiro deve ser reconstruído como uma instituição moderna e alinhada com os princípios democráticos que a Constituição determina, não como um terreno para aventuras políticas que colocam em risco o futuro de toda a nação.
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