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O propósito de vida em uma ‘caixa mágica’ da infância

03/05/2025 Addriana Cutino
O propósito de vida em uma ‘caixa mágica’ da infância | Jornal da Orla

E u sempre acreditei que nada na vida é por acaso, que conexões são teias invisíveis da alma e que estamos sempre na hora e no momento certos pra tudo o que acontece ao longo da nossa jornada. Faz parte da nossa evolução. Sendo assim, não foi casualidade contar a história da Kiki Haddad neste sábado, Dia Mundial do Sol, mesmo desconhecendo -até o momento que eu escrevi esta coluna – que o “despertar” dela para um empreendedorismo tão humanizado aconteceu em 2020, em um ano regido pelo sol, segundo calendário dos caldeus, povo nômade que ocupava a região sul da Mesopotâmia antes de Cristo e um dos primeiros a usar a Astrologia.

Nada é mais importante para a vida em nosso planeta do que o sol. Sem luz, calor e energia a vida como conhecemos não existiria. E em plena pandemia, onde sentimos a dura ausência do “calor humano” diante de tanta tristeza, o propósito regado e guardado há tantos anos da Kiki virou sol pra muita gente.

A misteriosa caixa
Antes de eu contar o que a Kiki faz, eu preciso explicar como tudo aconteceu, afinal ela já realizou milhares de atendimentos. “Quando eu tinha oito anos, eu vi um anúncio que dizia: Compre o jornal de domingo, pague mais R$ 2,00 e ganhe um fascículo. Era uma caixa da editora Salvat de astrologia, tarot e runas. Eu não sabia o que era mas disse ao meu pai que eu queria. Ele falou: “Eu vou te dar”. Meu pai era maçom e faleceu em março de 2023. Quatro meses depois, eu fui convidada a palestrar na loja para homenageá-lo. Quando eu entrei, vi que dentro da loja há doze pilastras, cada uma relacionada a um signo. Os maçons tem graduações referentes aos signos do zodíaco. Foi quando entendi o porquê meu pai, em 1992, me deu a caixa que eu havia pedido.”, conta.

Kiki colecionou os fascículos que ensinavam Astrologia e tarô. Durante a infância, não fazia ideia de como usá-los mas os materiais viraram sua ‘caixa mágica’ e seu segredo. Ela cresceu se achando diferente. Enquanto as amigas ganhavam bonecas e brinquedos, Kiki amava pedras, cristais e livros sobre anjos. “Passei a transformar esta paixão em segredo. Parei de compartilhar tudo aquilo. Cresci lendo horóscopos e mantendo tudo guardado no meu quarto. Na década de 90, sem computador, internet, lugar pra pesquisar, não havia ninguém que me explicasse de um jeito fácil. Quando eu completei 20 anos, conheci a Vanessa Cabral. Ela corria na minha equipe e fazíamos esportes de aventura. Estávamos em Nazaré Paulista e, após um treino, eu a vi com um monte de papéis fazendo leitura para uma pessoa. Soube que era o mapa numerológico. Eu não conhecia a numerologia mas achei muito parecida com a astrologia. Marquei uma sessão com ela, fiz meu mapa e o meu mundo para o holístico se abriu”, explica.

Propósito de vida
Kiki Haddad ainda levou um tempo para compreender a Astrologia seria seu grande trabalho e mais do que isso: missão de vida. Isso só aconteceu em 2020, quando passou a usar ferramentas para o Desenvolvimento Humano, integrando corpo e mente. A aceitação chegou com a transformação pessoal.

“Quando comecei a fazer terapia, eu pude compreender quem eu era, o que eu vim fazer no mundo, porque eu gostava tanto do assunto mas tinha muita vergonha. A terapia durou dois anos.”, relata.

Em 2018, com o nascimento do filho, Kiki passou por uma crise existencial. “Eu morava no Marrocos, não estava feliz com as minhas escolhas, com o casamento, com a agência de turismo que eu tinha, estava à beira de um ataque de nervos. Retornei às terapias on line depois de dez anos. Foi um encontro comigo mesma. Comecei a fazer mapa astral da família e amigos, como brincadeira. Em março de 2020 veio a pandemia. Eu já estudava há muitos meses e decidi gravar alguns stories no meu Instagram sobre Astrologia pra acalmar as pessoas”, conta.

O alcance da Kiki foi ampliando rapidamente nas redes sociais. Com o vírus da Covid-19 se alastrando, a empresa de turismo fechou e Kiki, depois, se divorciou. “Uma amiga desenvolveu minha logomarca e comecei a entregar meus mapas com identidade visual. O boom aconteceu quando decidi fazer o de uma amiga influenciadora digital, a Fernanda Floret. Ela ficou espantada com o detalhamento, quantidade de páginas, designer e divulgou meu trabalho no Instagram”, explica.

Eu sempre acreditei que nada na vida é por acaso, que conexões são teias invisíveis da alma. Não foi casualidade contar a história da Kiki Haddad neste sábado, Dia Mundial do Sol, mesmo desconhecendo – até o momento que eu escrevi esta coluna – que o “despertar” dela para um empreendedorismo humanizado aconteceu em 2020, em um ano regido pelo sol, segundo calendário dos caldeus, povo nômade que ocupava a região sul da Mesopotâmia antes de Cristo e um dos primeiros a usar a astrologia.

Nada é mais importante para a vida em nosso planeta do que o sol. Sem luz, calor e energia a vida como conhecemos não existiria. E em plena pandemia, onde sentimos a dura ausência do “calor humano” diante de tanta tristeza, o propósito regado e guardado há tantos anos da Kiki virou sol pra muita gente.

Parceria com Tadashi Kadomoto

Rafael Kadomoto, filho de Tadashi Kadomoto – que por mais de 30 anos ajudou pessoas na caminhada do autoconhecimento e realizou mais de 100 mil treinamentos – se encantou pelo trabalho da Kiki. “Ele me convidou a fazer parte do time de colaboradores do ITK, o Instituto Tadashi Kadomoto, onde permaneci do final de 2020 até o começo deste ano.”, conta.

A trajetória da Kiki é uma prova de que empreendedores conquistam o sucesso quando também seguem seu propósito de vida. “Eu sempre fui uma criança criativa, fiz aulas de teatro, canto, desfilava, gostava de me comunicar e amava ajudar pessoas. Cheguei a prestar Medicina justamente pra cuidar de gente, mas acabei passando em Jornalismo.”, explica Kiki que já foi a única repórter mulher setorista a cobrir os jogos do Santos FC, enfrentou preconceitos e assédios. Mas foi a Astrologia que transformou sua vida. Ela atua como astróloga, taróloga, terapeuta e mentora. Além das redes sociais, na página dela na internet há todas as informações sobre seu trabalho: kikihaddad.com.br.

“A Astrologia foi um resgate de como ajudar pessoas. Eu faço uma Astrologia comportamental, de autoajuda. Tenho oito especializações e uma dentro da Psicologia Analítica, além da formação em alinhamento biosistêmico, me formei em Terapia Cognitiva Comportamental, tenho especialização na Astrologia Kármica, Previsão e Comportamental, tarot terapêutico, Constelação Familiar, estou cursando Psicanálise e farei uma pós-graduação em Filosofia.” Com tanto conhecimento Kiki desenvolveu dois métodos: o Mapa da Realização – que traz a leitura de bloqueios e traumas desde a vida intrauterina – e a Mentoria Integral Sistêmica.