
A série O Estúdio, estrelada por Seth Rogen, se destaca como uma sátira afiada sobre os bastidores da indústria cinematográfica. Com episódios curtos e ritmo ágil, a produção consegue equilibrar humor ácido com uma crítica mordaz à maneira caótica — e muitas vezes absurda — como decisões são tomadas em Hollywood.
Seth Rogen brilha no papel principal, interpretando um produtor em crise, que tenta manter sua relevância enquanto enfrenta egos inflados, tendências passageiras e os caprichos dos algoritmos. Sua atuação é carismática, cômica e ao mesmo tempo carregada de uma autoconsciência que dá peso à narrativa. Rogen acerta o tom ao zombar de si mesmo e do sistema do qual faz parte.
A presença constante de celebridades — muitas interpretando versões caricatas de si mesmas — acrescenta um charme especial à série. Imagine Martin Scorsese chorando copiosamente por ter uma proposta de filme transformada em um filme do Ki-Suco e depois abandonada pelo estúdio… É neste nível. Ou Charlize Theron em uma versão mais egocêntrica e divertida de si. Essas participações não são apenas decorativas, mas ajudam a reforçar a crítica sobre a superficialidade e o culto à imagem na indústria.
Mais do que uma comédia sobre bastidores, O Estúdio é um espelho distorcido de Hollywood, onde a originalidade frequentemente perde espaço para o medo do fracasso. Inteligente e irreverente, a série diverte e faz pensar, ao mesmo tempo.
REGINA E A GLOBO
Quem retorna à Globo após ter sido demitida há cinco anos é uma de suas grandes atrizes, Regina Duarte, a eterna Malu Mulher, uma personagem que se tornou ícone do feminismo. Em entrevista em 2019 ao apresentador Pedro Bial, Regina disse que a personagem havia se tornado muito autoritária. Em nova entrevista ao apresentador, exibida na madrugada de ontem, ela falou sobre o período em que atuou no governo federal, o que enfrentou por causa disso e também sobre sua carreira e trajetória na emissora. Vale rever no Globoplay.
Deixe um comentário