Desde o início de seu terceiro mandato, nosso Pequeno Timoneiro tem se esforçado para voltar a ser protagonista no cenário geopolítico internacional. Não o Brasil, mas ele mesmo. Fez isso na Guerra da Rússia contra a Ucrânia, de novo no conflito entre Isarel e o Hammas, intermediou o Acordo entre Estados Unidos e Venezuela, sendo fiador das promessas de Maduro com eleições livres no ano que vem.
No primeiro teste real para sua capacidade de ser o negociador que se oferece para ser, Lula falha. Maduro deve a Lula, muito mais que o Acordo com os EUA. Deve sua recuperação de imagem ao tratamento dispensado pelo Pequeno Timoneiro em sua vinda ao Brasil, na Cúpula das Américas. Agora, depois de tudo que fez, Maduro mostra que não vai cumprir nada do que prometeu e ainda pretende se lançar numa aventura militar contra um vizinho pequeno e indefeso, com base numa negociação que nunca se concretizou, iniciada quando a Guiana era colônia inglesa.
Lula se oferece para ser negociador, mas a pergunta é negociar o que? Maduro ameaça invadir e anexar território de um país vizinho soberano. Não há o que negociar, pois trata-se da possibilidade de um ato de violência por parte da Venezuela. O que Lula vai negociar? A entrega voluntária de 2/3 de seu território por parte da Guiana? A rendição incondicional do vizinho que nada fez ao agressor?
A verdade é que Lula sabe que foi fiador de um mau pagador. Maduro não vai cumprir sua promessa de eleições livres nem vai se submeter aos termos do Acordo com os EUA, firmado em razão da fiança de Lula. Na primeira possibilidade de provar quem é, o Pequeno Timoneiro se mostra menor ainda.
…
Este artigo é de responsabilidade do autor e não reflete a linha editorial e ideológica do Jornal da Orla. O jornal não se responsabiliza pelas colunas publicadas neste espaço
