A eleição presidencial caminha para um nível de violência jamais visto no país. E de todas as formas possíveis. Na palavra, no braço e na bala.
A questão é: a que ponto chegamos?
A semana começa com um ataque grosseiro e violento contra o presidente Jair Bolsonaro, chamado de “desonesto e porco”.
O mais incrível: o ataque não veio de nenhum esquerdista radical mas de um ex-ministro de Bolsonaro, integrante da direita e daqueles cidadãos que costumam se intitular “um brasileiro de bem”.
Economista, professor, Abraham Weintraub tem uma trajetória marcada por polêmicas e declarações contundentes.
Foi ministro da Educação de Bolsonaro e quando deixou o cargo assumiu uma diretoria do Banco Mundial nos Estados Unidos.
Sempre foi considerado um “bolsonarista raiz”.
Pois esse ex-aliado agora está falando de Bolsonaro coisas que vários opositores gostariam de dizer mas não têm coragem.
Numa live realizada domingo (24), Weintraub afirma que Bolsonaro mentiu e enganou os brasileiros.
“Antes eu diria o seguinte: ele está sendo bobo, está sendo usado, ele não está vendo. Agora, acho que ele mentiu pra gente, está mentindo e ele vai continuar mentindo. Acho que o presidente Bolsonaro é uma pessoa desonesta. Uma pessoa honesta não anda abraçada com o Collor, uma pessoa honesta não anda abraçada com os Arruda, não anda abraçada com essa súcia que ele se cercou.”
“Veja, num chiqueiro, você não vai encontrar ganso; você vai encontrar porco. O presidente Bolsonaro podia ter escolhido vários caminhos.
Ele escolheu o caminho do chiqueiro. Se ele escolheu o caminho do chiqueiro, ele é porco. Não tem outra explicação”.
Weintraub afirma que Bolsonaro só não foi desonesto no passado por falta de oportunidade. E faz uma analogia: “É como um cara que era homossexual, mas só podia pegar bofe feio. Apareceu o Brad Pit, o cara soltou a franga”.
O ex-ministro ainda afirma que o presidente só atrai para o lado dele “porcaria, gente com um passado imundo. São esses que ele enaltece”.
Weintraub é filiado ao Partido da Mulher e pré-candidato ao governo de São Paulo.
Se está dizendo isso agora, o que dirá na campanha?
Melhor tirar as crianças da sala.
