Meio Ambiente

Evento apresenta ações de combate ao lixo no mar em Santos

17/05/2022
Divulgação/Prefeitura de Santos

Representantes de 12 cidades brasileiras estarão em Santos de quarta a sexta-feira (18 a 20/5) para participar de um circuito de palestras e ações sobre combate ao lixo no mar. Realizado pela Associação Brasileira das Empresas de Limpeza Pública (Abrelpe), o evento também terá a participação de um representante da Universidade de Leeds (Reino Unido), que acompanhará o conteúdo de forma remota.

Os participantes irão conhecer o Programa Beco Limpo, que a Prefeitura realiza no Dique da Vila Gilda em conjunto com o Instituto Arte no Dique. Também haverá uma coleta e análise de resíduos na faixa de areia. Santos realiza essa análise desde 2017, quando teve início o Programa de Identificação das Fontes de Resíduos Marinhos, em parceria com a Abrelpe, a International Solid Waste Association (ISWA) e a Agência Ambiental da Suécia.

O programa municipal criou uma metodologia de análise, atualmente utilizada pelos 12 municípios e outros quatro países. Participarão do evento em Santos representantes das cidades de Niterói (RJ), Guaratuba (PR), Pontal do Paraná (PR), Serra (ES), Itajaí (SC), Jaguarão (RS), Caucaia e Camocim (CE), João Pessoa (PB), Goiana (PE), Aracaju (SE) e da autarquia Conscensul (SE).

A metodologia do programa já identificou mais de 90 itens descartados incorretamente e as principais fontes de origem desses resíduos. Uma das fontes, os canais de drenagem, receberão ainda neste semestre barreiras flutuantes. São boias retangulares de plástico, presas por cabo de aço e ligadas às laterais dos canais, que ajudam na retenção dos materiais.

Ainda durante o evento, Santos lançará a segunda fase do programa, agora com a participação do Projeto Maré de Ciências, da Unifesp. A nova etapa terá como principal característica a Ciência Cidadã, com a participação de estudantes das redes municipal, estadual e particular de ensino. O pontapé inicial das atividades será com alunos da UME João Papa Sobrinho, Escola Estadual Marquês de São Vicente e Colégio Jean Piaget.

Estudantes e professores serão treinados e passarão a fazer as análises na faixa de areia, com apoio da Semam. O objetivo é permitir que a metodologia seja de domínio público e possa ser utilizada nas escolas, visando aumentar o conhecimento sobre o tema. Nas próximas etapas, outras escolas irão integrar o projeto.

Para o secretário de Meio Ambiente, Marcos Libório, o programa municipal ganha ainda mais relevância neste novo formato.

“A instalação das barreiras, por exemplo, faz parte de um projeto maior, que envolve educação ambiental e estudo do meio. Agora na segunda fase passaremos a exercer o caráter de ciência cidadã com a participação das escolas. Isso é de extrema importância para ampliarmos ainda mais as ações de conscientização na sociedade”, concluiu o secretário.