Estreio a coluna “Um Olhar Sobre o Mundo”, no Jornal da Orla, na semana do aniversário de Santos, que nesta quarta-feira, 26 de janeiro, comemora 476 anos de sua fundação. Dia desses quando atendi ao desafio posto pelo Edison Carpentieri (diretor do jornal), um amigo relembrou que neste mesmo veículo, mas na sua versão impressa, em 1999, o ilustríssimo santista da gema e dramaturgo Plínio Marcos escrevia e publicava semanalmente a coluna “Janela Santista”.
As saborosas crônicas de Plínio traziam aos leitores histórias de pessoas e lugares que conheceu ao longo de sua vida na cidade, privilegiando becos, esquinas, botecos, bares, personagens esquecidos e que compuseram a formação sociocultural santense. Essa parte da sua produção literária motivou inclusive um estudo acadêmico em 2016, por Sérgio Arruda de Moura e Mozarth Almeida Miranda, disponível para consulta no google, a partir das palavras-chave “jornalismo. Literatura. Crônica. Plínio Marcos.”
O Jornal da Orla está presente em nossas vidas desde que começou a circular em 18 de novembro de 1973, acessível e distribuído gratuitamente na região da Baixada Santista, semanalmente, com maior tiragem, circulação e prestígio. Para que o leitor se localize também onde me insiro nessa história, cheguei com a minha família em Santos no início do mês de abril de 1971, um garotinho de 12 anos vindo de Brotas, Interior de São Paulo, embora tenha nascido em Apucarana, norte do Paraná, mas essa é outra história, que não vem ao caso agora.
Sou praticamente santista (a Câmara de vereadores locais me deu um título que formalizou a minha cidadania em 2014) e tenho histórias a compartilhar, inclusive de ocasiões em que me encontrei com o Plínio Marcos nas entradas de teatros e cafés de São Paulo, vendendo livros de mão em mão, assistindo às suas peças no teatro do Sindicato dos Metalúrgicos, aqui na sua terra natal, ou durante uma longa entrevista dele para mim, nos estúdios da Rádio Clube de Santos, em 1993, que infelizmente não sobrou uma cópia da gravação.
“Um Olhar Sobre o Mundo” pode soar presunçoso, mas é um exercício de liberdade que o Jornal da Orla nos proporciona nestes primeiros anos sexagenários. Confesso que estou muito motivado nesse desafio, e também não escondo a expectativa de ser lido, comentado, curtido, compartilhado. Então, toda semana terá mais. Vamos juntos nessa viagem atemporal, algumas vezes, trocando olhares, saberes, das artes, literatura, cinema, política, comportamento humano etc.
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