Saúde e Beleza

Carcinoma Espinocelular – CEC (Câncer de Pele)

08/03/2022
Freepik

O carcinoma espinocelular (CEC) ou epidermóide é um tumor maligno de pele, constituído por proliferação atípica de células espinhosas, que constituem a maior parte das células da camada superior da pele (epiderme), de caráter invasor, podendo dar metástase na mucosa da boca,  nos pulmões e até no colo do útero.

Pode se desenvolver em todas as partes do corpo, especialmente nas regiões mais expostas à radiação solar, como orelhas, rosto, lábios, couro cabeludo, pescoço, braços, mãos e pés.

Pessoas de pele e olhos claros  são mais propensas, sendo mais comum no sexo masculino e após os 50 anos.

As lesões geralmente surgem sobre a pele com sinais de dano solar, (como perda de elasticidade, enrugamento e mudanças na pigmentação), cicatrizes, queimaduras antigas, e queratoses actínicas.

O principal fator de risco é a exposição ao sol e os demais são:

pacientes transplantados em uso de imunossupressores, exposição a substâncias como alcatrão, tabaco, fuligem, arsênico, raios X e genodermatoses como xeroderma pigmentoso (ocorrendo um defeito na reparação do DNA).

Os carcinomas genitais envolvem alguns tipos de HPV (6,11 e 16).

Manifestação Clínica:

Inicialmente surge uma área queratótica, dura e infiltrada, que na evolução pode se tornar nodular e ulcerar-se e vegetante.

Na mucosa surge uma área esbranquiçada, infiltrada ou vegetante.

As lesões podem ser confundidas com verrugas.

Atenção, o diagnóstico correto de uma lesão cutânea é feito somente por um médico especializado.

Diagnóstico:

É clínico, sendo confirmado pelo histopatológico.

Tratamento:

1.     Exérese e sutura é a técnica mais indicada com margem de segurança de 0,5 mm.

2.     Cirurgia Micrográfica de Mohs: é indicada para os casos considerados de alto risco.

3.     Criocirugia: é uma opção eletiva para o CEC superficial ou localizado em áreas de cartilagem.

4.     Curetagem e eletrocauterização: pode ser feita em CEC até 1,0 cm.

5.     Linfadectomia e radioterapia complementar: para CEC com metástase nos linfonodos.

6.     Quimioterapia: CEC em idosos que não podem se submeterem a procedimentos cirúrgicos e radioterápicos.

Pode haver recidiva local, pela pele fotolesada adjacente.

A prognose é favorável em casos recentes, tendo como segurança as margens livres da lesão, sendo reservada, em casos de longa duração ou metástase.

O cuidado de se proteger do sol tem que permanecer, pois a RUV é o fator desencadeante principal.

Consulte o seu dermatologista regularmente para avaliação.

Este artigo é de responsabilidade do autor e não reflete a linha editorial e ideológica do Jornal da Orla. O jornal não se responsabiliza pelas colunas publicadas neste espaço.