Eu sempre falo muito sobre os carros elétricos, pois eles, apesar de não serem maioria da frota, já são uma realidade. Eles existem e cada vez mais esse mercado cresce. Porém, apesar desse tipo de veículo possuir emissão zero, eles podem provocar um novo problema ambiental: a bateria desses carros. Ela é sem dúvidas o maior custo de um carro elétrico e assim continuará por muito tempo. Cheia de tecnologia e química, o dispositivo que armazena energia nesses automóveis já está preocupando o setor antes mesmo da prometida invasão dos veículos plugados.
Afinal, essas baterias tem uma vida útil limitada e logo serão (se já não foram) descartadas em breve. E o que fazer com esse material? O Brasil não conta com uma regulamentação de descarte dessas baterias e por isso, o país pode receber toneladas de baterias inutilizáveis, com alto risco para o nosso meio ambiente, sem que haja uma destinação correta para esse lixo. Um estudo feito pela Universidade Veiga de Almeida aponta que, se não houver boas práticas de descarte, as baterias de carros elétricos podem virar cerca de 43 toneladas de lixo perigoso até 2030.
Atualmente, a principal alternativa para o descarte correto das baterias tem sido a devolução aos fabricantes ou importadores. Porém, há o risco de que o gerenciamento inadequado dessas baterias, por meio das empresas, possa se converter em riscos à saúde humana e ao meio ambiente. A não regulamentação desse processo de descarte impossibilita, na prática, que essas baterias usadas sejam devidamente recicladas e reinseridas na economia, causando toneladas de lixo tóxico e sem destino no país.
Em função disso, novas estratégias precisarão ser desenvolvidas para aperfeiçoar o gerenciamento ambiental desse tipo de bateria. Só assim será possível diminuir o impacto do descarte, ao longo do tempo. Eu fico por aqui, até o próximo.
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