Saúde

Aumento de casos indica início de 4ª onda da pandemia

20/05/2022
Divulgação/Prefeitura de Santos

O aumento do número de casos parece indicar o início de uma quarta onda da pandemia do novo coronavírus no Brasil. A taxa de transmissão (Rt) medida pelas autoridades de saúde rompeu o teto de segurança, que o número 1: quando é superior a ele, significa que um infectado está contaminando mais de uma outra pessoa.

Este índice, que era assustador no ano passado, começou a ficar abaixo de 1 em 22 de fevereiro. No entanto, voltou a subir em 9 de maio e desde então não para de subir. Estes dados são da Info Tracker, plataforma de monitoramento da pandemia da Universidade de São Paulo (USP) e Universidade Estadual Paulista (Unesp).

Especialistas como sanitarista Gonzalo Vecina avaliam que o aumento do número de casos pode ser ainda maior, por conta das subnotificações — a pessoa contrai o vírus mas faz o teste e, assim, a ocorrência não entra nas estatísticas oficiais.

Segundo ele, este aumento se deve à flexibilização das medidas de segurança, como o uso de máscaras.

Felizmente, o número de casos mais graves e mortes não é alto devido à vacinação.

Em Santos, os casos positivos de covid-19 em relação ao total de testes e exames realizados aumentaram no último mês, conforme o e-SUS, plataforma do Ministério da Saúde. Na semana de 3 a 9 de abril, das 1.051 notificações registradas pelo sistema federal, 171 referiam-se a casos positivos (16%). Na última semana, de 8 a 14 de maio, das 1.247 notificações registradas pelo mesmo sistema, 326 (26%) são casos positivos.

Doses de reforço atrasadas preocupam

A Secretaria de Saúde de Santos demonstra preocupação com o número de pessoas com doses de reforço atrasadas: 112.118 pessoas não voltaram para tomar a primeira dose de reforço (36% dos que já cumpriram o intervalo e têm direito a esta dose) e 38.614 não retornaram para o segundo reforço (49,1% dos que cumpriram o intervalo).

A Secretaria de Saúde de Santos alerta que a pandemia não acabou e destaca a importância, além da vacinação das doses de reforço, dos cuidados para evitar a contaminação pelo novo coronavírus: higienizar constantemente as mãos, manter as superfícies limpas, usar máscaras no transporte público e nas unidades de saúde e evitar aglomerações.

Outras práticas de etiqueta respiratória também são bem-vindas: ao tossir ou espirrar, cobrir o nariz e a boca com a parte interna do braço (na altura do cotovelo) ou lenço descartável (que deve ser descartado na sequência); se estiver doente, usar máscara e evitar contato próximo com outras pessoas.