Longevidade

Amor na era digital

19/04/2025 Ricardo Mucci
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Mudou a forma de encontrar o amor na maturidade. Antigamente, as relações nasciam no ambiente de trabalho, nos bares, nas baladas e agora temos um atalho criativo à disposição: os aplicativos.

Verdade é que a solidão bate à porta de muita gente, madura ou não. Os filhos deixaram o ninho, o trabalho exige menos e aquela vontade de dividir a vida, o café e dormir de conchinha volta com força total. Mas onde encontrar alguém especial? Na padaria? No elevador? No boteco? Talvez… Fato é que a paquera tradicional já não funciona. A opção está a um toque de tela.

Aplicativos de relacionamento se tornaram aliados dos corações experientes. E olha que tem gente namorando sério, viajando junto, casando-se e até redescobrindo o sexo com mais liberdade e menos urgência. Afinal, a gente aprende com o tempo que a paciência é uma virtude valiosa, em várias situações.

Claro que tem cilada, golpe e conversas descartáveis. Mas também tem carinho, conexão e aquela emoção gostosa de ouvir um elogio ou uma frase carinhosa. E isso, vale para qualquer idade.

Há alguns anos, entrevistei o casal Luiz Rocha, que nos deixou o ano passado aos 93 anos, e Liça Bomfim. Ambos se conheceram através de um aplicativo de relacionamento e a história deles ganhou destaque na mídia. Durante a conversa, Luiz me recomendou usar o aplicativo para encontrar uma namorada, pois ele tirou a sorte grande ao encontrar o amor de sua vida e vice-versa, nas palavras de Liça. Tentei, mas não funcionou. Conheci mulheres interessantes, mas não deu o clique. Estou pensando em tentar de novo…