Bruna Medeiros
Nessa semana dedicada às mulheres, não poderíamos deixar de falar sobre alimentação, saúde e bem-estar da mulher.
Sabe-se que as mulheres apresentam maior necessidade de ferro do que os homens, pois precisam compensar a perda desse nutriente pelo ciclo menstrual. Na gravidez e na amamentação, elas precisam de mais nutrientes específicos para garantir o desenvolvimento saudável do bebê. Na menopausa, por exemplo, a ingestão adequada de cálcio pode ajudar a prevenir a osteoporose.
Além disso, muitas doenças do aparelho reprodutor feminino podem ser beneficiadas pela alimentação adequada. Por exemplo, as mulheres com síndrome do ovário policístico podem se beneficiar de uma dieta com baixo índice glicêmico, que ajuda a controlar a glicemia. As mulheres com endometriose podem se beneficiar de uma dieta anti-inflamatória, que ajuda a reduzir a dor e a inflamação. Sem contar que o humor e o bem-estar emocional podem ser beneficiamos com uma boa alimentação.
Além das necessidades nutricionais específicas, não podemos deixar de lado o terrorismo nutricional vivido principalmente pelas mulheres (demonização de certos alimentos ou nutrientes como se fossem eles os responsáveis pelo insucesso das dietas na busca incessante pelo emagrecimento), e a pressão estética e “funcional” jogadas sobre nós. Temos que ser magras, temos que treinar (mas não pode treinar muito, ta?), assumir mil funções (e não pode reclamar, ein?), agir de maneira “regida” (é que se espera de você) e ocupar apenas espaços limitados cedidos pela sociedade.
Esperamos que cada vez mais as mulheres acreditem que possam e devem ocupar o lugar que quiserem, que possam cuidar da saúde e do corpo de maneira funcional e por gostar dele e não odiá-lo, que está tudo certo ficar cansada e dar um respiro, que não precisam agradar todo mundo. E, principalmente, que possam ser livres da obrigatoriedade da magreza como sinônimo de sucesso.
*Bruna Medeiros – CRN 3: 4548-5. Mestre em Nutrição pela Universidade Federal de São Paulo
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