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Entre a cruz e a espada, pastor Roberto de Jesus sai pela tangente

02/10/2021
Entre a cruz e a espada, pastor Roberto de Jesus sai pela tangente | Jornal da Orla

Na votação do projeto de reforma do Instituto de Previdência dos servidores municipais de Santos, na terça-feira (28), chamou a atenção o comportamento do vereador Roberto de Jesus (REP). Presente praticamente o tempo todo na sessão que debatia o tema, na hora de votar ele simplesmente desapareceu. Foi a única abstenção ao projeto, que foi aprovado por 15 votos a 5. 

Dias antes da votação, Roberto de Jesus já havia se comprometido com colegas da base governista e integrantes do primeiro escalão do prefeito Rogério Santos que aprovaria a proposta. 

Porém, minutos antes da votação, o vereador recebeu uma mensagem pelo Whatsapp de um bispo da Igreja Universal, determinando que ele votasse contra o projeto. Quem acompanhava a sessão pôde testemunhar o desespero de Roberto de Jesus, que é pastor da Universal. Mostrou a mensagem a colegas, entre eles o presidente da Câmara, Adilson Júnior, e decidiu não votar —na tentativa de não ficar mal nem com o governo nem com a igreja. 

O ordem do bispo a Roberto de Jesus não foi por discordância ao projeto, mas sim uma retaliação ao prefeito Rogério Santos por não ter atendido um pleito. Que pedido foi este ainda permanece desconhecido.

 

Tumulto e bate boca
As sessões da Câmara, tanto na primeira votação (na terça-feira) quanto na segunda (na quinta-feira, dia 30), foram marcadas por manifestações de servidores municipais contrários ao projeto e debates ríspidos entre vereadores. Havia um grande número de guardas municipais no local.

O vereador Fábio Duarte (Podemos) discutiu com manifestantes. Votaram contra o projeto os vereadores de oposição Telma de Souza e Chico Nogueira (PT), Débora Camilo e também Fabricio Cardoso (Pode) e Audrey Kleys (PP), até então considerados integrantes da bancada governista.

 

Leilão
O prédio do Sindicato dos Servidores Estatutários Municipais de Santos (Sindest) foi posto a leilão por não honrar dívidas, entre elas uma com o cantor Leonardo. O atual presidente da entidade, Fábio Pimentel, afirma que as dívidas, que corrigidas superam os R$ 600 mil, foram deixadas pela gestão anterior. A dívida com o cantor sertanejo se refere a um show realizado no Clube dos Portuários, para comemorar o Dia do Servidor, em 2009, quando o presidente era José Roberto Mota.