Em Islamabad, Paquistão, A Suprema Corte do Paquistão decidiu hoje que quatro homens condenados por sequestro e assassinato do jornalista americano Daniel Pearl deveriam ser libertados, uma medida descrita pela Casa Branca como uma "afronta às vítimas do terrorismo em todos os lugares do mundo".
Eu sou Daniel Pearl
Meu pai é judeu.
Minha mãe é judia.
Eu sou judeu.
Estas foram as últimas frases que o jornalista Daniel Pearl pronunciou antes de ser decapitado.
Daniel foi sequestrado e morto no dia 01 de Fevereiro de 2002, exatamente há 19 anos.
Daniel era um repórter famoso do Walt Street Journal.
Pearl trabalhava como chefe do Departamento do Sul da Ásia do Wall Street Journal, com sede em Mumbai, Índia. Ele foi sequestrado quando estava no Paquistão como parte de uma investigação sobre os supostos vínculos entre o cidadão britânico Richard Reid (conhecido como "bombardeiro de sapatos") e a Al-Qaeda.
Daniel Pearl já havia sido correspondente em Londres e Paris.
Em Paris, encontrou a mulher de seus sonhos,
Mariane van Neywenhoff, também jornalista.
No Paquistão, Pearl saiu um dia da casa de uma amiga às nove da manhã para nunca mais voltar.
Sua esposa estava grávida então do filho que ele jamais conheceria.
Daniel foi sequestrado no dia 23 de Janeiro de 2002.
Depois de uma semana de buscas intensivas e de torturas inimagináveis, no dia 01 de Fevereiro, os terroristas decapitaram o jornalista e deceparam seu corpo em 10 partes.
A crueldade absurda de seus captores foi a divulgação do vídeo de sua morte, com um terrorista aparecendo com sua cabeça nas mãos.
Nós, como judeus, temos a obrigação de contar sua história todos os anos para que sua morte não se torne só uma estatística no conflito do mundo com os terroristas.
Este judeu merece toda nossa reverência.