A médica pediatra Mírian Valente é categórica ao falar: "Temos uma limitação cultural. Os brasileiros não têm o hábito de usar máscara. Portanto, todo mundo vai errar no princípio. Até mesmo os profissionais da área de saúde cometem deslizes ao lidar com as máscaras protetoras". Outro ponto: mesmo sendo obrigatórias no atual momento, as máscaras não substituem o isolamento social e, principalmente, a lavagem constante das mãos.
Uma coisa é certa: brasileiro não foi acostumado a usar máscara, mas é um povo criativo e bem estiloso. O que não faltam são modelos e estampas que fizeram com que ela se tornasse um acessório fashion e até divertido. Mas preste atenção a alguns detalhes que vão garantir segurança, conforto e eficácia:
– Só manuseie a máscara com as mãos limpas.
– A parte mais durinha ou de metal da máscara deve se encaixar no formato do nariz.
– É fundamental que a máscara cubra totalmente o nariz (até em cima), a boca e o queixo (até embaixo).
– A máscara não pode ficar frouxa, com espaços sobrando entre ela e o rosto.
– Troque de máscara a cada duas horas ou sempre que notar que ela está úmida.
– Não toque na máscara enquanto ela estiver no rosto. Se isso acontecer, lave imediatamente as mãos.
– Tire-a sempre segurando apenas nos elástico, sem tocar no tecido.
– Se a máscara for descartável, jogue-a em uma lixeira fechada e volte a lavar as mãos.
– A máscara de pano pode ser usada por todo mundo. No entanto, quem está com sintomas de gripe precisa optar pela máscara cirúrgica, que é bem mais eficaz na transmissão de vírus e bactérias.
– A limpeza também é fundamental e deve ser diária. A higienização nas máscaras de pano deve ser feita em uma solução com água sanitária, em uma proporção de 10ml (mais ou menos o equivalente a uma colher de sobremesa) dissolvida em meio litro de água. Deixa-a de molho por cerca de 20 minutos na solução e, em seguida, lave normalmente a peça com água e sabão. Já as máscaras cirúrgicas são descartáveis e só podem ser usadas por apenas uma vez.
Proteja as crianças!
De acordo com a pediatra Mirian Valente, o uso de máscaras não é recomendado para crianças abaixo de dois anos, pelo risco de sufocamento. Após essa idade, o ideal é utilizá-la se a criança aceitar ou for capaz de removê-la sozinha com facilidade. "Quando os pequenos se sentem desconfortáveis é melhor não usar". O tamanho da máscara também é importante, já que ela perde a eficiência se não estiver ajustada ao rosto.
Qualquer incomodo pode fazer com que a criança toque na máscara, levando mais a mão ao rosto, o que aumenta o risco de contaminação. Com relação aos tecidos, dê preferência ao algodão. "A máscara deve ter duas ou mais camadas de tecido, cobrir confortavelmente toda a lateral do rosto, mas permitir a respiração com facilidade". Cuide-se!