Vida em Dia

Câncer do colo do útero é o tumor que mais atinge as brasileiras

07/03/2020
Câncer do colo do útero é o tumor que mais atinge as brasileiras | Jornal da Orla

Geralmente sem sintomas em sua fase inicial, o câncer de colo de útero é o terceiro mais incidente na população feminina brasileira. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), somente neste ano, devem surgir 16.590 novos casos da patologia, que costuma estar ligada ao Papilomavírus Humano (HPV). Daí, a importância do Dia Mundial de Combate à doença, em 26 de março. “A data ajuda na maior conscientização como uma alternativa para a prevenção e o diagnóstico precoce do problema.

O ginecologista e especialista em Reprodução Humana Condesmar Marcondes endossa o tema da campanha mundial. "O número de casos no País é alto e a prevenção poderia mudar esse quadro, já que evitar a doença é fácil e simples. Basta o uso de preservativos! Isso porque a maioria das contaminações ocorre em relações sexuais, que pode transmitir o vírus HPV. Hoje também já existe a vacina, que evita o contágio e que é disponibilizada na rede pública".

De acordo com o especialista, podem ser imunizados meninos de 11 a 14 anos e meninas de 9 a 14 anos. “O conhecido exame Papanicolau também é um aliado no combate ao câncer. Ele serve para detectar lesões capazes de vir a se tornar um câncer. Pode ser feito por mulheres de 25 a 64 anos que tenham ou já tiveram vida sexual”.

Condesmar Marcondes ainda alerta: “Embora seja comum que pessoas infectadas ou em estágios avançados da doença apresentem sangramento vaginal intermitente, secreção vaginal anormal ou dor abdominal, a mulher pode não apresentar qualquer sintoma no começo da patologia. Observamos que, na grande maioria dos casos, a infecção inicialmente é assintomática. Isso quer dizer que não há qualquer manifestação. Daí, a real necessidade de prevenção, indo regularmente ao ginecologista”.

 

A vantagem é que, quando identificada no início, as lesões tem grandes chances de desaparecer, ressalta o ginecologista, que acrescenta: “Não há tratamento específico, já que isso depende da evolução da doença, do tamanho do tumor e de fatores pessoais. No entanto, podem ser indicadas cirurgia, quimioterapia e radioterapia. A procura regular do ginecologista e a conscientização são essenciais em todo esse processo".