Dois novos métodos vão mudar por completo a detecção de síndromes e doenças de fetos e embriões tanto em gestações comuns quanto em fertilização in vitro. Ambas as técnicas foram discutidas no XXIII Congresso Brasileiro de Reprodução Humana, realizado em Curitiba (PR), no mês passado.
O ginecologista e obstetra Condesmar Marcondes, de Santos, foi um dos organizadores do evento, e explica que uma das novidades elimina a necessidade de fazer biopsia em embriões para descobrir distúrbios, como a Síndrome de Down. “A prática era comum, mas, agora, pode ser substituída por um exame de sangue”.
O médico Condesmar Marcondes: “Técnicas servem para gestações comuns e fertilização in vitro”
Trata-se de um teste pré-natal não invasivo, chamado NIPT. A partir de uma amostra do sangue da mãe é possível rastrear riscos genéticos para o bebê. “O método funciona para gestações normais”, ressalta Condesmar. Já o outro sistema debatido no congresso é indicado para reproduções assistidas e tem o mesmo objetivo.
A partir dessas novidades, deixa-se de lado o teste que necessita de biópsia dos embriões e passa-se a coletar o seu material genético. Isso permite investigar se existe alguma anormalidade antes de se fazer implementações no útero da mãe.
“Essas duas técnicas revolucionam, principalmente, por não serem agressivas para fetos e embriões”, diz Condesmar Marcondes, que trabalha com reprodução humana.
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