Em parecer encaminhado ao STF (Supremo Tribunal Federal), na sexta-feira (21), a Procuradora-Geral da República, Raquel Dodge, se posicionou contra o pedido de anulação da condenação do ex-presidente Lula da Silva – que está preso na sede da Polícia Federal, em Curitiba- no caso do tríplex do Guarujá.
O pedido foi formulado pelos advogados de defesa do ex-presidente que alegam parcialidade do então juiz Sergio Moro (hoje ministro da Justiça), com base em diálogos que o magistrado teria tido com o procurador Deltan Dallagnol, coordenador da Operação Lava Jato.
A Procuradora-Geral questiona o uso das mensagens entre Moro e Dallagnol como fator para anular a sentença proferida por Moro e confirmada pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça). Segundo Dodge, o material divulgado pelo site The Intercept Brasil “ainda não foi apresentado às autoridades públicas para que sua integridade seja aferida. Diante disso, a sua autenticidade não foi analisada e muito menos confirmada. Tampouco foi devidamente aferido se as referidas mensagens foram corrompidas, adulteradas ou se procedem em sua inteireza, dos citados interlocutores”, afirma.
O pedido de anulação da sentença está na pauta do STF de terça-feira (25), mas existe a possibilidade de adiamento.
Vida de celebridade na cadeia
Enquanto a decisão do STF não sai, Lula vive como celebridade na sede da Polícia Federal em Curitiba. Recebe inúmeras visitas, dá entrevistas quando quer, sempre bem vestido – usando blazer, de preferência. Uniforme de presidiário, nem pensar. Ainda bem que a Constituição brasileira diz que todos são iguais perante a lei. Então, tá!
