O Brasil definitivamente resolveu dançar à beira do abismo. O prazer pelo perigo parece ser um sinal de masoquismo ou de irresponsabilidade de políticos, governantes, autoridades dos três poderes e, por que não?, de parcela significativa do eleitorado, que se divide entre apoiadores e opositores ao governo Bolsonaro.
As manifestações contra e a favor do governo, o debate insano e a troca de acusações na mídia e nas redes sociais são exemplos de que boa parte da sociedade parece ter perdido o juízo ou, simplesmente, não consegue enxergar que caminhamos para o caos.
O mais incrível é que essa guerra insana – que divide o país em dois – é compartilhada literalmente pelo próprio presidente da República, por ministros de Estado, líderes de partidos políticos, de entidades representativas da sociedade e, até mesmo, por integrantes do STF.
Sinais de alerta
A economia manda seguidos sinais de alerta – e o mais recente foi a queda de 0,2% do PIB (Produto Interno Bruto) no primeiro semestre de 2019 – mas governo e oposição preferem insistir no Fla-Flu político. O resultado é a crescente queda de popularidade do presidente da República, e, o mais grave, a desconfiança dos investidores, o que indica o risco de uma nova e violenta recessão. Sem investimentos e com os governos (Federal, estaduais e municipais) quebrados o país naufraga.
Até quando os mais de 12 milhões de desempregados terão de esperar para ter um mínimo de esperança? O tal “pacto político” entre os três poderes tem alguma chance de funcionar ou vira fumaça na próxima guerrinha política?
O fato é: se sobram ladrões e oportunistas na capital da República, faltam estadistas de verdade. E faz tempo.
Foto: Marcos Corrêa/PR
