A juíza Solange Salgado, da 1ª Vara Federal de Brasília, tentou barrar a licitação do STF (Supremo Tribunal Federal) que prevê gastos superiores a R$ 1,1 milhão para a compra de comidas e bebidas de luxo para a corte, mas sua decisão foi derrubada pelo TRF-1 (Tribunal Federal da 1ª Região). Com a decisão do tribunal, os senhores ministros do STF e seus convidados vão poder desfrutar de lagosta, camarões, bacalhau, medalhões, vinhos importados e champanhe brut, que tenham ao menos quatro premiações internacionais.
Ao barrar a licitação, a magistrada afirmou que os itens exigidos “destoam sobremaneira da realidade brasileira, “configurando um desprestígio ao cidadão que arduamente recolhe seus impostos para manter a máquina pública funcionando em seu benefício”. Para a juíza, a compra de comida e bebidas de luxo fere a moralidade administrativa.
Não foi esse o entendimento do TRF-1. Ao liberar a licitação, o desembargador Kassio Marques disse que os itens que constam da lista de compras se destinam “a oferecer refeições institucionais às mais graduadas autoridades nacionais e estrangeiras, compromissos oficiais e à própria dignidade da instituição”. Para o desembargador, a decisão da juíza federal “reflete uma visão distorcida dos fatos”.
Redes sociais- O episódio ganhou repercussão nas redes sociais, com charges que ironizam a vida de luxo dos ministros do STF enquanto milhões de brasileiros vivem na miséria.
