A decisão do presidente Jair Bolsonaro de recomendar neste 31 de março uma “comemoração adequada” do golpe militar de 1964 continua provocando polêmica. Desta vez é a relatoria da ONU que pede ao presidente brasileiro que reconsidere sua decisão. Em comunicado divulgado sexta-feira (29), o relator especial da ONU para a promoção da Verdade, Justiça, Reparação e Garantias de Não Repetição, Fabián Salvioli, chegou a classificar de “imoral” a iniciativa de Bolsonaro.
“Tentativas de revisar a história e justificar ou relevar graves violações de direitos humanos do passado devem ser claramente rejeitadas por todas as autoridades e pela sociedade como um todo”, afirmou Salvioli.
A iniciativa da ONU de solicitar do presidente que reconsidere sua recomendação às forças armadas acontece depois que a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e o Instituto Vladmir Herzog denunciaram Bolsonaro pela “tentativa de modificar a narrativa do golpe de estado de 31 de março de 1964 no Brasil”.
Foto: Rick Bajornas/ONU