Reforma da Previdência: Bolsonaro apela para chr39espírito patrióticochr39 de parlamentares

Depois de protagonizar dois episódios polêmicos durante a semana – a exibição de um vídeo obsceno pelo twitter e de dizer que a democracia só existe quando os militares querem -, o presidente Jair Bolsonaro apelou para o “espírito patriótico” dos parlamentares numa tentativa de convencê-los a aprovar a reforma da Previdência.

Na sexta-feira (8), o presidente disse que a reforma não pode demorar mais de um ano para ser aprovada e que trabalha para que o Congresso não “desidrate” a proposta apresentada pelo governo no mês passado. “Mas respeitamos a autonomia do Parlamento se alguma mudança for feita”, afirmou.

Medida amarga
Sobre a proposta apresentada pelo governo, Bolsonaro afirmou: “Sabemos que, em algum aspecto, é uma medida amarga. Mas é uma resposta que temos para uma política sem muita responsabilidade que foi feita nos últimos anos. Temos de dar um freio de arrumação agora”.

Para Bolsonaro, se a reforma não for aprovada “a tendência é o Brasil chegar à beira do caos”. Ele citou como exemplo a Grécia que, literalmente, quebrou.

Militares
O presidente também garantiu que os militares vão “entrar com sua cota de sacrifício” na reforma da Previdência.

Nos meios políticos a atuação de Bolsonaro e de seus filhos, em especial Carlos, têm causado perplexidade pelo tom belicoso num momento em que o governo precisa de apoio de toda a sociedade.

Mas o que poucos esperavam está acontecendo: são justamente os militares, que ocupam oito dos 22 ministérios, que estão colocando panos quentes nas declarações do clã e adotando um discurso mais conciliador. Sinal dos tempos.

Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil