Enoleitores,
Dentre alguns dos bons vinhos trazidos pela Zahil Importadora para o lançamento do catálogo 2018, vou falar sobre dois produtores da Côte Chalonnaise, uma denominação mais recente criada em 1990.
A região da cidade de Rully tornou-se referência em brancos desde o século XVII, elaborando em seus vinhedos muitos Premier Cru com um estilo de vinho predominantemente cítrico e fresco.
Já os tintos, isto é, os pinot noir, têm como referência a localidade de Mercurey, que produz vinhos ricos, amplos e estruturados, sempre caracterizado por um toque terroso.
Degustei e aprovei, os três vinhos do produtor Domaine Jacqueson , iniciando pelo Rully Blanc 2015 , um vinho elaborado por chardonnay de dois vinhedos diferentes (Fromanges e Chaponnières) tinha a cor amarelo quase transparente, exalava frutas brancas, leve herbáceo, certa mineralidade e tostados, no gosto seco, fresco, leve untuosidade, longo deixando na boca um sabor de abacaxi em compota. O outro branco, o Mercurey Les Grillots Blanc 2015, me agradou bastante. Originado de um dos poucos vinhedos de chardonnay em Mercurey. Mostrava uma cor amarelo claro com reflexos verdeais, brilhante, seus aromas remetiam a frutas brancas como pera e pêssego, toque floral, frutas secas e especiarias; na boca, seco, boa acidez, mostrando um frescor, equilibrado, estruturado, elegante, untuoso e longo, deixando uma boa fruta no final de boca.
O tinto deste produtor também mostrou- se um vinho elegante, o Mercurey Les Vaux Rouge 2015, de coloração vermelho rubi violáceo, transparente; no nariz, trazia frutas vermelhas, mineralidade, toque floral, couro, bosque; na boca, seco, acidez correta, taninos finos e elegantes, equilibrado e persistente, deixando um sabor frutado no final.
E para encerrar conhecemos o tinto do produtor François Raquillet, que produzem vinhos desde os anos de 1600, e nos apresentou o Mercurey Premier Cru Les Naugues 2014, este consegue expressar claramente o seu terroir através de uma coloração vermelho rubi , transparente, olfativo trazendo frutas vermelhas, mineralidade, leve herbaceo, aromas de bosque e couro, no gustativo seco, boa acidez, taninos finos embora ainda jovens, ainda vai atingir o seu apogeu, equilibrado, elegante e estruturado e boa persistência, deixando o final de boca com um gostinho frutado .Estes foram vinhos especiais e únicos, que, com certeza, valeu ter conhecido, pois enriqueceram aquela tarde com personalidade e caráter próprios da região!
Enoabraços e uma ótima semana a todos!