Enoleitores,
No mês de maio foi a vez da importadora Qualimpor, apresentar as novas safras de seus vinhos , azeites portugueses e a espanhola Freixenet , responsável por tradicionais cavas na Catalunha .
Vamos focar nos portugueses pois alguns foram ótimas surpresas! Iniciando pela alentejana Herdade do Esporão , localizada na DOC Requengos em Monsarraz , atual produtora de alguns bons vinhos biológicos , e dentre os apresentados destaca-se o Esporão Vinha das Palmeiras 2013, varietal de alicante bouschet, colhidas em um único terroir, sua vinificação é iniciada pelo tradicional processo de pisa pé, o vinho estagiou 12 meses em barricas de 10 mil litros e foi guardado outros 12 meses em garrafas, antes de vir ao mercado; mostrando- se na cor vermelho rubi profundo, brilhante , média transparência; aromas frutas negras como ameixas, chocolate e couro ; na boca seco, acidez correta , taninos médios e ainda jovens , persistente .
Passando a Quinta das Murças , uma vinícola localizada no DOC Douro , vale salientar o seu vinho Murças VV47 2012, que significa vinhas velhas datadas de 1947, elaborado por um blend de 6 uvas tintas locais, estagiou 12meses em barricas francesas, descansou engarrafado 3anos antes de vir ao mercado , demonstrou ser um vinho de coloração vermelho rubi profundo , exalava frutas negras, bosque , toque herbáceo ; no paladar seco, acidez equilibrada, taninos finos e macios , longo e deixando um balsâmico no final de boca .
Do Vale do Douro , foram apresentados também os da Quinta do Crasto, expressando – se como um dos melhores vinhos de Portugal , o Douro Quinta do Crasto Vinha Maria Teresa 2013 – originado de vinhas antigas com mais de 100anos, um corte de varias uvas regionais , só é elaborado em anos em que as uvas estejam excepcionais , caso não aconteça no ano , estas são destinadas à produção de outro bom vinho , o Douro Quinta do Crasto Reserva Vinhas Velhas .O Maria Teresa , apresentou – se na cor vermelho violaceo profundo ; olfativo de frutas negras , toque floral, especiarias , chocolate ; no gustativo seco, acidez equilibrada , taninos finos e macios , estruturado, elegante e longo, deixando um sabor balsâmico no final.
Fechando-se a descrição do evento com um sabor super especial , trazido pela Taylor’s , uma das mais antigas e tradicionais casas de vinho do Porto, o Taylor’s Very Old Single Haverst Port 1968 , um safrado mantido por 50 anos em pipas , e engarrafado em 2017, trazia a coloração amarelo acastanhado com halo âmbar , exalava frutas secas como nozes, passas, caramelo, tostado ; no gosto adocicado, boa acidez, macio, estruturado e untuoso, persistente deixando um caramelo longo no final de boca , realmente este foi um vinho de manter- se na memória .
É uma sensação gratificante a de poder apreciar e descrever vinhos trazidos e escolhidos a dedo para estarem presentes em nosso país!
Enoabraços e uma ótima semana a todos!