Os animais passaram por tratamento que durou média de seis meses a um ano. O maior deles mede cerca de 60 cm de carapaça e pesa 30 kg. Vítimas do lixo descartado no mar, eles faziam parte do grupo atual de 22 bichos em tratamento no Aquário.
“A ingestão de plástico descartado inadequadamente no mar pelas pessoas é um problema comum. Confundido com alimento pelos répteis, peixes, aves e mamíferos, causa severa desidratação, desequilíbrio hidroeletrolítico, magreza excessiva, anemia e absorção de toxinas bacterianas”, explica o veterinário do parque, Gustavo Henrique Pereira Dutra.
O transporte das tartarugas está autorizado pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente, bem como a soltura pelo Parque Estadual Marinha da Laje de Santos.
Reabilitação
Nos últimos quatro anos, cerca de 180 animais marinhos foram reabilitados no Aquário. Os mais comuns são gaivotas, atobás, albatrozes, biguá e os pinguins, que costumam aparecer nas praias durante o inverno. O trabalho envolve dois veterinários, dois estagiários e uma tratadora de animais.
A maior parte do tempo é dedicada à sala de ‘quarentena’, com 12 tanques de 500 a mil litros. No local é feito o monitoramento dos resgatados ou daqueles que adoecem no parque. Mamíferos marinhos maiores são levados para outro setor de quarentena, com três baias compostas de áreas seca e molhada, além de piscina de 5 mil litros.
No setor de reabilitação há, ainda, ambulatório, salas de raio-x e de cirurgia, com equipamento de anestesia capaz de atender animais marinhos de até 500kg. Todo tratamento tem autorizações oficiais obtidas junto à Secretaria Estadual, Ibama e Instituto Chico Mendes de Biodiversidade, entre outros órgãos e instituições.