Meio Ambiente

Algas tóxicas contaminam mexilhões no Litoral Norte

04/07/2016
Algas tóxicas contaminam mexilhões no Litoral Norte | Jornal da Orla
A CETESB (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo), que já estava acompanhando a ocorrência de florações de microalgas bioluminescentes em Santos, constatou também a presença de outra microalga do grupo dos dinoflagelados que é potencialmente tóxica nas praias Martin de Sá e da Cocanha, em Caraguatatuba. Há relatos de que nesse município, no dia 29 de junho, moradores que consumiram mexilhões apresentaram sintomas de intoxicação com diarreia.
 
Técnicos da Cetesb coletaram amostras de água na quinta-feira (30), cujas análises detectaram a presença de uma microalga denominada “Dinophysis acuminata”, que pode produzir uma toxina diarreica. Organismos marinhos filtradores, como mexilhões, podem acumular essa toxina e quando consumidos provocar intoxicação. Por este motivo, a CETESB está alertando as prefeituras da região, bem como as autoridades da saúde e do setor da pesca.
 
O fenômeno é similar ao registrado em Santa Catarina e no Paraná. No Paraná, a microalga “Dinophysis acuminata” está ocorrendo associada a “Noctiluca scintillans”, que causa bioluminescência nas águas das praias. Este fenômeno de bioluminescência, isoladamente, ocorreu nas praias de Santos despertando a curiosidade da população. Em amostra coletada pela CETESB na Ponta da Praia, no dia 27 de junho, foi confirmada a presença da “Noctiluca scintillans”, mas não a presença da alga tóxica.
 
Nas áreas com a presença de algas tóxicas não se recomenda, preventivamente, o consumo de moluscos como mexilhões e ostras. Também é recomendável evitar contato direto com a água em que a presença da mancha avermelhada seja visível.
 
Além de alertar as autoridades, a Cetesb vai realizar novas coletas em diversos pontos do litoral paulista, especialmente nas áreas em que há cultivo de ostras e mexilhões.