Enoleitores,
Pedi para alguns amigos que avaliassem os vinhos presentes na 7ª ACausa Wine, evento realizado semana passada, cuja renda foi revertida para um importante trabalho desenvolvido com portadores do HIV e seus familiares.
Entre os comentários dos presentes, pôde-se notar que os vinhos portugueses agradaram em cheio a uma boa parcela com quem conversei, embora muitos de outras nacionalidades nos deixaram boas lembranças…
Nesta semana, além das minhas opiniões, acrescento a contribuição dos amigos Agnaldo Fonseca e Mauricio Carubbi, da ABS Litoral, e das confreiras da Confraria Meia Taça Renata Barreiros e Suely Silva, que prontamente atenderam ao meu pedido, enviando suas opiniões.
Para minha surpresa, degustei o vinho tinto Francesco, da Villa Francione, de Santa Catarina: me agradou bastante! Fiquei feliz ao ver que esta também foi a opinião de Mauricio e Agnaldo, que inclusive o descreveram como um tinto robusto, de muita intensidade aromática, lembrando frutas vermelhas maduras, toque defumado, devido à permanência em madeira; um corte de merlot, cabernet sauvignon, malbec e syrah ; no paladar, equilibrado, taninos macios e longo final de boca. Vale experimentar! O Torres Viña Brava Garnacha Cariñena, 2012, é um espanhol da região da Catalunha, da tradicional vinícola Torres, que traz um excelente custo- benefício, sendo um vinho simples, porém corretamente vinificado, apresentando a cor rubi, notas nasais de frutas vermelhas, especiarias; no paladar, seco, equilibrado e elegante -um bom achado!
Do Chile, foi bem recomendado o Huaso Sauzal Pais, do Maule, desenvolvido nas práticas naturais, sem adição de química, uma boa revelação da uva pais, de origem espanhola, que reapareceu no Chile e na Argentina, trazendo um vinho com personalidade ímpar. Apresenta aromas de frutas maduras; no paladar, saboroso , boa acidez, corpo médio, taninos macios e longo.
Focando Portugal, entre tantos citados, vou considerar os mais escolhidos. Entre eles o Carm Reserve Tinto, um autêntico Douro, elaborado pelas castas touriga nacional, tinta roriz e touriga franca. Descobri que figura entre os 10 melhores vinhos da Top 100 da Wine Spectator. É um tinto de cor rubi violáceo, aromas de frutas vermelhas e negras, especiarias, leve defumado. Na boca, seco, acidez correta, médio corpo, taninos elegantes, persistente e retro-olfativo de frutas negras maduras. Este é daqueles vinhos que valem ser experimentados, deixando ótima impressão. O Sino da Romaneira, 2011, outro Douro, das castas touriga nacional, touriga franca, tinta roriz e tinto cão, é outra boa opção. De aromas frutados e toque floral, pimenta preta; no paladar, equilibrado, acidez correta, taninos finos, elegante e longo. Foi considerado por muitos como ótima revelação.
E, para finalizar, vamos relembrar o delicioso Scancio Private Selection Vinhas Velhas 2011, um tinto de cor vermelho-rubi, escuro, brilhante; exala aromas de frutas vermelhas maduras, especiarias, chocolate; no paladar, seco, elegante, acidez correta, equilibrado, taninos finos, persistente, deixando um retro olfativo com gosto de ameixa em calda. Foi, com certeza, o tinto da noite!
Na semana que vem, vou abordar os resultados do Concurso Top Five ACausa Wine, 2016. Enoabraços e uma ótima semana a todos!