Meio Ambiente
Cetesb confirma melhoria da qualidade das praias na Baixada Santista em 2015
24/03/2016
De acordo com o novo relatório anual de Qualidade das Praias Paulistas que será publicado em breve pela Cetesb – Companhia Ambiental do Estado de São Paulo, as condições de balneabilidade no ano passado da costa paulista apresentaram uma melhora em relação a 2014. A porcentagem de praias próprias para banho o ano todo passou de 23% para 32%, com aumento das praias boas de 18% para 26%. Destacam-se as condições observadas no Litoral Norte do estado, onde a melhora foi observada nos quatro municípios e o percentual de praias próprias o ano todo passou de 28% para 45%, incluído nesse total um aumento das praias ótimas de 3 para 8%.
Na Baixada Santista foi constatada uma pequena melhora da qualidade das praias, com aumento das condições próprias o ano todo, de 11 para 13%. Nessa região, houve, em geral, manutenção da qualidade das praias, com exceção dos municípios de Santos, São Vicente e Mongaguá, que apresentaram uma piora na qualidade. Em 2014, 100% das praias de Santos registraram a condição ruim e, em 2015 86% passaram para a condição de péssima. São Vicente possuía há dois anos 50% de praias péssimas e no ano passado esse número subiu para 67%. E, em Mongaguá, 29% das praias apresentaram condição péssima em 2015, enquanto que no ano anterior nenhuma foi classificada com esta condição.
Segundo análise feita pelos técnicos do Setor de Águas Litorâneas da Cetesb, a melhoria das condições das praias em 2015 se deve, principalmente, à condição de estiagem observada na maior parte desse ano, embora em menores proporções. Apesar dos programas de investimento visando à universalização dos serviços de saneamento no litoral, nos últimos anos tem se verificado grande variação nos índices de balneabilidade. Conforme os especialistas, a grande influência das chuvas na qualidade das praias é sempre evidenciada em aumentos significativos do número de praias impróprias registrados ao longo do ano. Entretanto, observam que essa melhora não foi constatada, por exemplo, nas praias do litoral sul.
Esses resultados, de acordo com os técnicos, mostram que a qualidade das praias é uma questão bastante complexa, com muitos fatores intervenientes. A infraestrutura de saneamento básico é um parâmetro fundamental no controle da poluição fecal, sendo que a ampliação da coleta e do tratamento dos esgotos reflete positivamente nas condições de balneabilidade. Contudo, áreas sem cobertura de rede coletora, muitas vezes por serem de ocupação irregular, lançamentos clandestinos de esgotos em cursos de água e a poluição difusa, todos eles agravados pela ocorrência de chuvas, podem comprometer o uso recreacional dessas águas.