Território de vulcões adormecidos, praias isoladas e selva deslumbrante, a Costa Rica, na América Central, guarda 5% da biodiversidade do planeta e tem 26% de sua área em zonas preservadas. É um pedaço de terra de apenas 51.100 km², banhada pelo mar do Caribe e pelo Oceano Pacífico, com cenário de refúgio tropical.
É possível ir do Pacífico ao Atlântico atravessando o país em apenas cinco horas. De um lado, as praias de águas azul-turquesa do Caribe. Do outro, os mares de ondas fortes da costa do Pacífico. Entre eles, serras, florestas tropicais e mais de 200 vulcões.
A Costa Rica está dividida em sete províncias, subdivididas em 81 cantões (ou cidades): San José (onde está localizada a capital, de mesmo nome), Alajuela, Cartago, Heredia, Limon (na região do Caribe) Guanacaste e Puntarenas (estas duas banhadas pelo Oceano Pacífico).
Destino de natureza e ecoturismo
O país é considerado um dos melhores destinos do mundo para o ecoturismo, com uma variedade incrível de espécies vegetais e animais, ecossistemas e paisagens. São 35 parques nacionais (muitos deles com excelente e completa infraestrutura turística) e oito reservas biológicas. Para preservar esse patrimônio natural, o país adota políticas rígidas de proteção ao meio ambiente.
Turrialba é um grande parque de diversões para o turismo de aventura. A sua maior atração é o Rio Pacuare, considerado um dos trajetos de rafting de maior impacto no mundo. De dentro do bote de borracha dá para ver cânions, florestas, vilas indígenas e animais selvagens passeando livremente às margens. O Rio Reventazón, que deságua no Mar do Caribe, é outro dos favoritos para a prática de rafting e caiaque. Ele começa na vizinhança de Turrialba, a mil metros de altitude.
No Parque Nacional Corcovado, a maior área de floresta nativa do país, na costa do Pacífico, é possível encontrar as araras-vermelhas costa-riquenhas, ave em risco de extinção. Nessa pequena Amazônia da América Central há outras 400 espécies de pássaros, 116 de anfíbios, 139 de mamíferos e uma infinidade de variedades botânicas.
Planalto Central, a terra dos vulcões
No Planalto Central, como é chamada a região da capital San José, são os vulcões que roubam a cena. Dos mais de 200 existentes no país, cinco ainda estão em atividade. O Poás, de 2.704 metros, é o passeio de estreia da maioria dos visitantes. Ele é acessível em um bate e volta a partir de San José, mas é preciso chegar cedo, já que depois das dez horas uma névoa costuma encobri-lo, impossibilitando enxergar a cratera onde repousa um lago com água azul-turquesa.
A pequena vila de La Fortuna, a 130 km de San José, é a base para visitar outro vulcão, o Arenal, o único em formato cônico da Costa Rica. Desde 1968, vez por outra, ele despeja lava incandescente do topo de sua cratera, a 1.633 metros de altura. Desde a sua última erupção, no entanto, ocorrida em 2010, não é permitido ficar a menos de três km de distância de sua base. Situado a 50 km de San José fica o imponente Irazu, com 3.432 metros de altura, o mais alto do país em atividade.
O Caribe também é aqui
O litoral da Costa Rica se estende por 1.228 quilômetros com aparência de paraíso, dividido entre as águas azul-turquesa do Caribe e as ondas agitadas do Pacífico. No lado caribenho, a vila de Puerto Viejo de Talamanca é a mais badalada. Ela tem jeito hippie e é frequentada por surfistas descolados e pela turma rastafári. Os primeiros moradores que se instalaram na região, no século 19, vieram da Jamaica para trabalhar na construção da linha de trem para escoar a produção do café. Com eles, trouxeram certa tendência para o hedonismo e o gosto pelas festas animadas pelo reggae.