Meio Ambiente

Professora e estudantes detectam alto volume de esferas plásticas nas areias de Santos

03/02/2015
Professora e estudantes detectam alto volume de esferas plásticas nas areias de Santos | Jornal da Orla
O curso de oceanografia da Unimonte está realizando, em frente o Aquário Municipal de Santos, uma operação para medir a quantidade de plásticos nas areias de Santos. Durante uma manhã, a coordenadora do curso de oceanografia da Unimonte, Maria Fernanda Palanch Hans, juntamente com os estudantes, se focaram na coleta dos resíduos nas áreas de deixa – região a qual a água do mar chega com a maré -, a fim de obter um resultado aproximado da quantidade de resíduos plásticos nas praias da cidade.
 
Ficou constatado nesta pesquisa que a cada 0,5 m² há, aproximadamente, 20 esferas plásticas nas areias de Santos. Durante a coleta foram usados quadrantes, para delimitar a área de amostragem, peneiras de 2,5 milímetros e pinças de coleta. As mostras irão para o laboratório da Unimonte, onde serão analisadas sobre os aspectos de tamanhos, cores, entre outros mais que ajudará a identificar as principais matérias primas presentes nestas regiões e que são prejudiciais à vida marinha.
 
Segundo Maria Fernanda Palanch, a conscientização está baseada no consumo da população. “Temos que pensar bem quando formos comprar um material e se, realmente, há necessidade de possuirmos determinados elementos, porque o plástico está em tudo o que compramos e usamos, sendo este o grande vilão do oceano, justamente por ser confundido pelos animais marinhos como um alimento.”
 
A ingestão dos resíduos plásticos pelos animais podem causar inúmeros problemas, como a intoxicação, por meio dos compostos químicos presentes nos produtos descartados, seguido da desnutrição e, em muitos casos, levando até a morte. Por isso, a coordenadora do curso da Unimonte alerta: “o descarte do lixo deve ser feito de forma correta e em lixeiras apropriadas. Outra problemática são os elementos químicos que estão absorvidos nas esférulas, pois muitos deles podem ficar aderidos nas paredes das esférulas, prejudicando toda uma cadeia alimentar, já que um animal se alimenta de outro e o elemento tóxico persistente é, automaticamente, transferido.”
 
Durante o evento foi feito um trabalho de conscientização com as pessoas que passavam em frente ao Aquário Municipal de Santos. Também foram expostos equipamentos marítimos com informações para os interessados, além de ter um espaço para as crianças se divertirem com desenhos e pinturas de animais marinhos.