O pequeno país – que optou por ser autônomo dentro do Reino dos Países Baixos – tem influências portuguesa, espanhola, africana e holandesa e junto com Aruba e Bonaire forma as chamadas “Ilhas ABC”, um paraíso tropical rico em recifes de corais e praias de areia branca e mar azul turquesa.
Perfeita para mergulho, Curaçao ainda proporciona passeios a cavalo, safáris de jipe, ciclismo de montanha e prática de esportes radicais, como o windsurf. Mas conhecer Curaçao vai além de um tradicional passeio pelo Mar do Caribe, embora existam cerca de 40 praias para explorar. Visitar a ilha é um convite para mergulhar num caldeirão cultural das mais variadas influências.
Uma ilha de todos
Por sua geografia, Curaçao tem vocação natural como porto, um dos principais do Caribe, e por isso mesmo sempre conviveu com outros povos, o que explica o fato de existirem mais de 50 nacionalidades representadas entre sua população atual, em torno de 142 mil habitantes. Além do turismo e do Porto de Willemstad, a ilha tem como fonte de renda a refinaria de petróleo e acordos de livre comércio com a Europa e os EUA.
Território livre para compras
Curaçao é uma área livre de impostos, com muitos centros de compras que oferecem produtos que fazem a alegria dos consumistas. E o que não falta é gente querendo fazer compras durante as viagens. A moeda oficial é o florim, mas o dólar americano é aceito em praticamente todos os estabelecimentos, assim como cartões de crédito.
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Caldeirão cultural
Na capital Willemstad, considerada Patrimônio da Humanidade, a arquitetura colonial de influência holandesa judaica revela a presença dos europeus a partir da segunda metade do século 17, quando eles foram expulsos do Nordeste brasileiro e começaram a plantar cana-de-açúcar na ilha. Isso explica a existência de uma das mais antigas sinagogas das Américas, a Mikvé-Israel Emanuel, que funciona ininterruptamente desde 1732. Foi nessa época que começou também o tráfico de escravos africanos.
Já o papiamento, dialeto falado pelos locais, surgiu da união do português, línguas africanas e do holandês (idioma oficial). Por isso, caminhando pela ilha não estranhe se alguma expressão lhe parecer familiar, como “Cón ta bai?” (“Como vai você?”) ou “Bon Bini!” (“Bem-vindo!”).
Depois de curtir a praia e a natureza, que tal uma programação cultural? São 15 museus na capital, como o Curaçao Museum, que abriga a história dos indígenas pré-colombianos; o Museu Judaico e o Museu Marítimo, entre outros.
Vale uma visita ao Kura Holanda, lugar onde antes funcionou o primeiro hospital para escravos trazidos da África, e que virou museu com um acervo de peças africanas e visitas guiadas sobre a história da região.