Durante o ano, a cidade recebe inúmeras festas religiosas: do Divino, Corpus Christi, Festa de Nossa Senhora dos Remédios, Nossa Senhora do Rosário, entre outras. As quatro igrejas do centro histórico, até hoje, preservam sua arquitetura colonial e são verdadeiros cartões- postais da cidade.
Uma das mais tradicionais de Paraty é a Nossa Senhora do Rosário e São Benedito. Construída pelos escravos em 1725, passou por um processo de restauração em 2002 e hoje é uma das mais visitadas da cidade. Nela, são celebradas missas, procissões, ladainhas e casamentos. Noivas do Brasil inteiro escolhem a igreja pelo seu tradicionalismo.
As festas
Do Divino – Inicia 50 dias após o domingo de Páscoa e tem duração de 10 dias. A organização da festa é de responsabilidade de um casal de festeiros escolhidos anualmente pela comunidade. O centro histórico é enfeitado com bandeirinhas brancas e vermelhas e, as janelas das casas, com uma toalha vermelha tendo ao centro a imagem de uma pomba branca, simbolizando o Divino. Nesse período ocorrem missas, procissões acompanhadas de banda de música (destaque para procissão das Bandeiras), folias (grupos de cantadores e instrumentistas que percorrem as casas antes da festa para arrecadar dinheiro), apresentações de danças, leilões de comidas típicas, desfile do Boi e da Miota (grandes bonecos vestidos por pessoas), almoço gratuito e, para encerrar, uma grande queima de fogos.
Semana Santa – Inicia 40 dias após o carnaval. A abertura das festividades ocorre no domingo com a tradicional procissão de Ramos. As janelas das casas são enfeitadas com toalhas rendadas, peças de arte sacra e flores brancas e roxas. Na sexta-feira à meia-noite acontece a procissão do Fogaréu, quando as luzes do centro histórico são apagadas e os devotos levam tochas de bambu. A procissão do Fogaréu inicia na Matriz e passa por dentro de todas as igrejas.
Sábado ocorre a procissão dos Passos – único dia do ano no qual os Seis Passos (altares encravados nas paredes de residências) são abertos. No último domingo acontece a procissão da Ressurreição.
São Pedro – Existe desde 1969 e é comemorada no dia 29 de junho, quando se inaugurou a pequena Igreja de São Pedro, na ilha do Araújo. A imagem de São Pedro, padroeiro dos pescadores, é levada em procissão marítima que sai do cais da cidade com destino à ilha do Araújo. Os barcos pesqueiros são ornamentados com arcos de bambu e bandeirinhas. Escunas levam turistas para acompanhar a procissão. Chegando na ilha, após a missa, há danças e músicas típicas e barraquinhas de doces e de comida caiçara.
Santa Rita – Ocorre na última semana de julho e dura 10 dias. Tradicional festa que acontece desde 1722 (data da fundação da igreja de Santa Rita). A igreja é especialmente paramentada para as missas que ocorrem durante a festa. As janelas das casas são decoradas com toalhas coloridas e flores. Há procissões seguidas de banda e barraquinhas de comidas e bebidas típicas no largo da Igreja Santa Rita.
São Benedito e Nossa Senhora do Rosário – Celebrada no terceiro domingo de novembro. São Benedito era o padroeiro dos escravos e essa festa era considerada a Festa do Divino dos negros. Além de missas e procissões, ocorrem apresentações de danças folclóricas de origem africana.
Nossa Senhora dos Remédios – Realizada no dia 8 de setembro, após uma novena preparatória. É uma festa simples, considerando que Nossa Senhora dos Remédios é a padroeira da cidade. A festa começa na alvorada do dia 8, com os sinos das quatros igrejas tocando. As ruas são enfeitadas com bandeirinhas brancas e azuis, e as janelas das casas com toalhas e objetos de arte sacra. Por volta das 16h sai uma procissão da Igreja Matriz. À noite ocorrem leilões de comidas típicas e apresentações de danças e música.
Corpus Christi – As ruas do centro histórico por onde passa a procissão são enfeitadas com tapetes de folhas e serragem, formando desenhos com motivos religiosos.