Em um evento de degustação, o apaixonado por vinhos sente-se como um adolescente em uma festa repleta de moças bonitas, ansiosas por serem cortejadas. São tantas as opções que ele se vê nos saborosos dilemas de por onde começar e o que experimentar. A situação “se complica” ainda mais se for um evento como o 4º Tasting Wines of Chile, realizado quarta-feira (6), no Hotel Unique, em São Paulo.
Ofereciam-se nada menos que 150 rótulos, de 31 vinícolas chilenas. E, se fosse possível definir o evento em apenas duas palavras, elas seriam diversidade e qualidade. Como em nenhuma outra parte do mundo, os chilenos conseguiram ao longo dos anos desenvolver uma potente indústria vinífera que alia bons produtos com preços atraentes (o que os enófilos costumam classificar como “ótima relação custo-benefício”).
Além de alguns vinhos de altíssima qualidade, os chilenos são pródigos em fazer rótulos ótimos para o dia a dia: são os que os enólogos chamam de “vinhos de combate”. Não são para “beber de joelhos”, mas também não fazem feio.
E parece que os chilenos se especializaram nisso. Além do “saber fazer” aperfeiçodo por décadas, conta a favor as particularidades geográficas do país. Apesar de ser relativamente pequeno, fatores como clima, temperatura e solo variam muito. O Chile tem um pouco mais de 4 mil quilômetros de extensão e largura que não chega a 180 quilômetros. De um lado, o Oceano Pacífico; do outro a Cordilheira dos Andes. Do norte ao sul, províncias tão diferentes entre si que transmitem essas particularidades aos vinhos que produzem.
E das terras chilenas brotam excelentes vinhas de uma ampla variedade de castas. Estão praticamente todas lá: cabernet sauvignon, merlot, shyraz, carmenére, merlot, sauvignon blanc, chardonnay…
Assim, fica difícil destacar um ou outro rótulo da 4ª Wine Taste SP. A boa notícia é que estão todos aí, para serem degustados, um a um…