A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo – CETESB publicou, nesta quarta (7), os relatórios de qualidade ambiental, com os dados coletados ao longo do ano passado. O documento “Qualidade das Praias Litorâneas no Estado de São Paulo 2013” revela que, embora tenha havido aumento na coleta e no tratamento dos esgotos domésticos nos municípios litorâneos ao longo dos últimos anos, as condições de balneabilidade apresentaram piora, com a porcentagem média de propriedade das praias caindo de 82% para 76%. Em termos médios, as praias paulistas apresentaram condições próprias para banho na maior parte do tempo durante o ano passado.
Considerando o indicador da classificação anual, que mede a porcentagem em que cada praia permaneceu própria, a piora foi de 20%, passando de 35% para 15%, com redução de praias ótimas (de 11% para 5%) e aumento das praias péssimas (de 7% para 15%). Segundo o documento, ocorreu o inverso do observado em 2012, quando foi registrada melhora, o que demonstra a grande variabilidade dos índices de balneabilidade.
No caso do Litoral Norte, a piora foi observada nos quatro municípios – São Sebastião, Ilhabela, Caraguatatuba e Ubatuba. A porcentagem de praias Próprias ao longo de todo o ano recuou de 54% para 22%, com redução das praias ótimas (de 18% para 7%). Também houve aumento das praias ruins e péssimas, passando de 9% para 25%. O Município de São Sebastião foi um dos mais afetados com alterações bastante significativas nos indicadores de balneabilidade.
Em relação à Baixada Santista, também foi constatada piora da qualidade das praias com aumento das praias péssimas (de 13% para 30%). Nessa região, houve piora em todos os municípios, com exceção de São Vicente, onde as condições de balneabilidade permaneceram inalteradas.
Aumentos significativos do número de praias impróprias foram registrados em meses com chuvas muito intensas, o que mostra a grande influência das condições meteorológicas nos índices de balneabilidade. Os piores índices registrados em 2013 se devem, principalmente, à ocorrência de chuvas concentradas em determinadas semanas do ano, cujos efeitos se sobrepuseram às melhorias esperadas em função dos investimentos nos programas de saneamento desenvolvidos no litoral.
