Meio Ambiente

Não chove há 24 dias a Baixada Santista

07/02/2014
Não chove há 24 dias a Baixada Santista | Jornal da Orla
Há 83 anos o Estado de São Paulo não passava por um período de estiagem como agora: calor escaldante e nada de chuva. Em Santos, o volume de chuvas em janeiro de 2014 foi o menor dos últimos dez anos (passou de 256 milímetros para 171 milímetros), de acordo com a Defesa Civil. Em contrapartida, com as altas temperaturas, o consumo de água por habitante aumentou.  Os meteorologistas preveem chuva para o final de fevereiro e, em consequência disso, os mananciais da Baixada Santista estão esgotados. Em suma: chegou o momento de fechar as torneiras.
 
O alerta para a economia de água vem da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo – Sabesp e vale para todos. A Baixada Santista passa por mais de 23 dias de seca. O Rio Jurubatuba, um dos principais que abastecem a nossa região, está sem vazão. E, para que não haja necessidade de racionamento de água no litoral paulista, todos precisam colaborar. 
 
No interior do Estado e na região metropolitana da Capital o alerta vermelho já está aceso.  A Represa Jaguari, que integra o Sistema da Cantareira, fica com solo seco e rachado devido à falta de chuvas. O reservatório, localizado em Bragança Paulista, é o principal fornecedor de água para a Capital e regulador da vazão dos mais importantes rios da região de Campinas, Contratada pela Sabesp, uma empresa especializada em produzir chuvas artificiais trabalha para induzir precipitações no local. Em outras cidades do interior, que são abastecidas por sistema privado de distribuição de água, as prefeituras decretaram racionamento. Em Itu, o abastecimento é interrompido às 20h e retomado às 4h.

A importância do uso racional
 
O diretor de sistemas regionais da Companhia, Luiz Paulo de Almeida Neto, alerta para a importância do consumo consciente de água.  No dia a dia, medidas simples podem ser adotadas, como o conserto de vazamentos e a regulagem ou troca da válvula do vaso sanitário. Neste processo, a mudança de hábito é fundamental. Como, por exemplo, a lavagem do carro pode ser feita com menos frequência. Em casa, a água do tanque ou lavadora pode ser reaproveitada para a limpeza do quintal, banheiros ou calçada. No caso da máquina de lavar roupas, três vezes por semana são suficientes para o uso. No jardim, as plantas devem ser molhadas com regador, no período da noite.
 
Em se tratando de higiene pessoal, escovar os dentes ou se barbear com a torneira aberta são hábitos que devem ser abolidos.  O banho é apontado como um dos vilões quando assunto é desperdício de água. Uma ducha de 15 minutos, com registro aberto, consome 135 litros. Se o banho durar 5 minutos, com o registro fechado enquanto se ensaboa o corpo, o consumo cai para 45 litros, por exemplo. Segundo a Organização das Nações Unidas – ONU, uma pessoa pode viver normalmente com 110 litros de água por dia, sem que higiene, alimentação e outras atividades sejam prejudicadas.
 
A Sabesp mantém atendimento especial para a denúncia de casos de vazamento de água em vias públicas. O telefone é 0800-0550195.