Enoleitores,
Quase não falamos dos vinhos desta região distante no Pacífico Sul, próxima à Austrália. A Nova Zelândia, assim como algumas outras, pertence ao grupo de regiões denominadas “Vinícolas do Novo Mundo”. Este país da Oceania começou a refinar a sua arte de vinificação após 1986, quando resolveu se remodelar, replantando mudas de castas europeias mais nobres.
Ela é formada por duas ilhas, a North Island e a South Island -esta última é a região vinícola mais ao sul do mundo.
Na Ilha Norte, entre as regiões vinícolas, destacam-se Northland, uma área histórica, onde foram plantadas as primeiras parreiras do país (mais precisamente em Bay of Islands); Auckland, onde, mais precisamente em Waiheke Island, se produz os melhores tintos da Nova Zelândia, seus vinhos são produzidos em corte bordalês; Hawke’s Bay, mais precisamente em Te Awanga, que apresenta vinhedos de pinot noir maravilhosos ao estilo da Borgonha, e em Gimblett Gravels, onde o sucesso são os vinhos do corte de Bordeaux. Aqui também encontramos excelentes vinhos sauvignon blanc e chardonnays. Mas a estrela da ilha é a pinot noir de Martinborough.
Na Ilha Sul, cultiva-se a uva sauvignon blanc, com a qual se produzem grandes vinhos. A melhor área de plantio deste vinho é Martilborough, famosa no mundo inteiro por gerar vinhos peculiares, ricos em aromas – podemos perceber aspargos, pimentão, groselha branca, lima, limão, abacaxi , melão e pêssegos, tornando-se exóticos e pungentes, com boa acidez e ótimo final de boca.
Estes vinhos brancos são os mais valorizados, mas há uma área próxima, chamada Nelson, onde se encontra o melhor chardonnay da Nova Zelândia. São vinhos com estilo dos da Borgonha, de excelente padrão, com um ótimo custo benefício. Há vários deles à vendas aqui no Brasil.
Após esta breve apresentação, acredito que vale a pena você se “arriscar” e garimpar bons produtos neozelandesas e poder formar a sua própria opinião. Como sempre repito, o melhor vinho é aquele que lhe dá prazer!
Enoabraços e uma ótima semana!