A base do Projeto Tamar em Ubatuba, que conta com apoio da prefeitura via convênio, recebeu recentemente filhotes albinos de tartarugas marinhas encontrados na praia do Gargaú, Campos dos Goytacazes (RJ).
Como qualquer outra espécie animal, tartarugas marinhas também podem nascer com albinismo, que é a falta de pigmentação na pele (ausência de cor), causada por fatores genéticos. Geralmente são animaizinhos muito frágeis, com poucas chances de sobreviver na natureza.
No ciclo de vida das tartarugas marinhas, estima-se que apenas um em cada mil filhotes nascidos sobrevivam até a idade adulta. Isto acontece de forma natural, já que os pequenos filhotes de tartarugas marinhas que nascem com cerca de 10cm de comprimento servem de alimento para uma grande diversidade de animais (caranguejos, polvos, aves marinhas e principalmente os peixes).
No caso dos filhotes albinos esta probabilidade de sobrevivência é ainda menor já que a falta de coloração torna muito fácil sua localização pelos predadores aumentando as chances de serem comidos logo nos primeiros dias de vida.
Em cativeiro, sob cuidados especiais, as chances de sobrevivência das tartarugas albinas aumenta. O Tamar em Ubatuba recebeu em 1994 dois filhotes albinos, também nascidos em Campos, sendo que um deles chegou a sobreviver por seis anos. Outros oito filhotes foram recebidos em 2002 mas nenhum sobreviveu.
O albinismo é um fenômeno muito raro em tartarugas marinhas e esses filhotes estão no Tamar para estudo.
Projeto Tamar
Criado há 35 anos, o Projeto Tamar é uma cooperação entre o Centro Tamar/ICMBio e a Fundação Pró-Tamar. Tem o patrocínio oficial da Petrobras, através do programa Petrobras Sociambiental, e o apoio do Título de Capitalização Bradesco Pé Quente. Atua em nove estados brasileiros onde recebe diversos apoios locais.
Em Ubatuba, recebe o apoio da Arcor do Brasil e da Prefeitura Municipal de Ubatuba. Todos os recursos captados são revertidos integralmente para as atividades de conservação das tartarugas marinhas.